'Papai deu um jeito', diz Joice, após STJ anular quebra de sigilo de Flavio
Depois que o STJ (Superior Tribunal da Justiça) aceitou o pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e anulou as quebras de sigilo bancário e fiscal do parlamentar, a oposição criticou a decisão judicial. O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é investigado no caso das "rachadinhas" no seu então gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
Nas redes sociais, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) insinuou que o presidente Bolsonaro "deu um jeito" para anular as quebras de sigilo do filho. "Foram muitos cafézinhos (SIC), almoços e favores, e bingo!!! A impunidade segue correndo frouxa", escreveu ela.
O ex-governador do Ceará e ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) também criticou a decisão do STJ. "O que a família Bolsonaro tem a esconder? O presidente não está preocupado com mais nada, somente em acobertar os crimes dos filhos que ele próprio corrompeu desde novos!".
O deputado federal Ivan Valente (PSOL) disse que o tribunal "suavizou" para Flávio Bolsonaro. "Queiroz foi pego mas é preciso chegar na familícia e tratá-los como os bandidos que são".
Relembre o caso
Flávio foi denunciado sob acusação de ter articulado uma organização criminosa de lavagem de dinheiro em seu gabinete na Alerj. Segundo o Ministério Público, foram desviados R$ 6 milhões dos cofres públicos.
Fabrício Queiroz, ex-assessor, é apontado pelos investigadores como operador do esquema juntamente com sua esposa, Márcia Aguiar —ambos estão em prisão domiciliar. Queiroz chegou a ser preso em junho de 2020 em uma casa em Atibaia (SP), de propriedade de Frederick Wassef, ex-advogado de Bolsonaro e sua família.
Wassef esteve presente na sessão de hoje, compondo a banca da defesa de Flávio. Após a decisão do STJ, a defesa de Queiroz disse esperar que a liberdade do ex-assessor seja restituída no julgamento do seu habeas corpus na próxima sessão da 5ª Turma.
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