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Felipe Neto cria projeto gratuito para defender processados pelo governo

Felipe Neto reuniu advogados para defender pessoas gratuitamente - reprodução/Instagram
Felipe Neto reuniu advogados para defender pessoas gratuitamente Imagem: reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL

18/03/2021 10h58Atualizada em 18/03/2021 23h01

https://www.calaabocajamorreu.com.br/Recentemente o youtuber Felipe Neto foi intimado a depor na delegacia por "crime contra a segurança nacional", após ter feito críticas contra o governo federal, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é "genocida". Esse depoimento de Felipe Neto à Justiça está previsto para acontecer hoje, mas ele não confirmou que vai se apresentar. E motivado por tudo que aconteceu, o youtuber anunciou a criação do projeto "Cala-Boca Já Morreu", que pretende defender outras pessoas processadas por criticar o governo.

"O 'Cala-Boca Já Morreu' será um grupo da sociedade civil que vai lutar contra o autoritarismo e que será movido pelo princípio de que, quando um cidadão é calado no exercício do seu legítimo direito de expressão, a voz da democracia se enfraquece. Não podemos nos calar. Não podemos deixar que nos calem e não vamos", declarou Felipe Neto.

O serviço será gratuito e poderá ser usufruído por qualquer indivíduo que não possua advogado constituído. Por meio de uma landing page, a pessoa poderá acionar a equipe responsável pelos encaminhamentos jurídicos.

Felipe Neto informou que reuniu "nomes de peso e amplamente renomados no âmbito do Direito brasileiro". Elas são dos escritórios de André Perecmanis, Augusto de Arruda Botelho e Davi Tangerino. Botelho criticou a Lei de Segurança Nacional.

"A liberdade de expressão no Brasil está sob ataque de violentos inimigos da democracia. Querem intimidar e silenciar a todos aqueles que criticam autoridades públicas, eleitas pelo povo, e que exercem o poder que têm em nome desse mesmo povo. E para isso, se armam da Lei de Segurança Nacional, herança do passado mais terrível e assombroso do país: a ditadura militar", destacou Botelho.