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Molon: PSB vai se esforçar para unir os nomes da centro-esquerda para 2022

Do UOL, em São Paulo

01/04/2021 12h22Atualizada em 01/04/2021 15h44

O deputado federal e líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse hoje em entrevista ao colunista do UOL Leonardo Sakamoto que o PSB vai se esforçar para unir nomes da centro-esquerda e montar uma possível frente ampla para as eleições de 2022.

"O PSB certamente vai discutir com essas duas forças, avaliar a viabilidade delas, acho que vai fazer um esforço para uni-las, não sei se bem-sucedido, mas, se por acaso isso não for possível, o PSB tomará essa decisão bem mais à frente, considerando uma série de outros fatores", disse durante o UOL Entrevista.

Ele afirmou que ainda é cedo para avaliar quais serão os caminhos para as eleições do próximo ano, mas que os canais de diálogo seguem abertos para conversar com possíveis candidatos.

"Houve um reconhecimento por parte de todos os partidos de oposição da gravidade do momento que estamos vivendo, o momento mais grave dos últimos 35 anos. Desde que assumi a liderança da oposição, tenho clareza da responsabilidade que tenho e que meus colegas da oposição têm, estamos assumindo esse lugar num momento gravíssimo da história do Brasil", disse.

Molon citou a troca de comando dos militares das Forças Armadas como um dos episódios recentes da desestabilidade do país e alegou que a fome, o desemprego e a economia também são provas do contexto "gravíssimo".

"Naturalmente que é cedo para dizer se conseguimos estar todos unidos, mas certamente isso seria mais do que desejado, seria necessário que a gente estivesse todo mundo junto, para enfrentar esse gravíssimo momento, oferecer uma alternativa ao país e derrotar Bolsonaro."

É preciso trazer todos à mesa para pelo menos criar um ambiente que una todos que se opõem a Bolsonaro no segundo turno.
Alessandro Molon (PSB-RJ), deputado federal e líder da oposição

O ex-presidente Lula (PT), após a anulação de suas condenações na Lava Jato e envio dos processos para o Distrito Federal, recuperou o direito de ser candidato às eleições presidenciais. Ciro Gomes (PDT) é outro polo da centro-esquerda. Ambos não chegaram a um consenso sobre apoios no primeiro turno. Mas avaliam que, no segundo turno, seria mais fácil que a oposição a Bolsonaro definisse o apoio de outras legendas.