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CPI recebe requerimentos para convocar Carlos Bolsonaro e Filipe Martins

27.abr.2021 - O vice-presidente eleito da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP); o presidente, senador Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL) - Edilson Rodrigues/Agência Senado
27.abr.2021 - O vice-presidente eleito da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP); o presidente, senador Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL) Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Agência Senado

17/05/2021 16h39

A CPI da Pandemia recebeu novos requerimentos na manhã desta segunda-feira (17). O senador Humberto Costa (PT-PE) protocolou pedidos de convocação do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do assessor do Palácio do Planalto Filipe Martins. Filipe também é alvo de pedido de convocação de outro requerimento, do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). A CPI ainda não tem data para votar esses requerimentos.

Tanto Carlos quanto Filipe foram citados pelo presidente regional da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, como participantes de uma reunião no Palácio do Planalto com a Pfizer em dezembro de 2020. Outros depoentes da CPI corroboraram a afirmação.

Pelo Twitter, Alessandro explicou que as convocações se devem a essa "reunião paralela" que teria ocorrido para tratar das propostas da Pfizer para venda de vacinas ao Brasil. Alessandro também requereu à CPI a quebra de sigilos do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, também participante da reunião.

"A investigação técnica exige estas medidas. Quem não deve não teme", afirmou Alessandro.

Humberto apresentou, ainda, requerimentos para pedir informações ao Ministério das Relações Exteriores sobre o spray nasal israelense de combate à covid-19; para solicitar informações ao Ministério da Saúde e ao Conitec "quanto ao pedido de incorporação tecnológica ou protocolo clínico relacionado à covid-19"

A CPI da Pandemia terá três sessões de depoimentos nesta semana.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.