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PSDB pede ao STF que obrigue Bolsonaro a usar máscara e respeite isolamento

PSDB recorreu ao STF para obrigar o presidente Jair Bolsonaro a usar máscara - Reprodução/GloboNews
PSDB recorreu ao STF para obrigar o presidente Jair Bolsonaro a usar máscara Imagem: Reprodução/GloboNews

Colaboração para o UOL

21/05/2021 20h37Atualizada em 24/05/2021 14h00

O PSDB acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seja obrigado a fazer uso da máscara de proteção contra o novo coronavírus e, ainda, para que respeite as medidas de isolamento e prevenção à doença.

O partido encaminhou nesta sexta (22) uma medida cautelar ao presidente da Corte, ministro Luiz Fux, solicitando que o chefe do Executivo Federal pare de descumprir as recomendações das organizações de saúde e não cause mais aglomerações em público, por entender que, ao agir dessa forma, o presidente "viola não apenas a Constituição, mas também portaria do próprio Ministério da Saúde e a Lei da Pandemia".

"Mais de um ano desde o início da pandemia, o presidente da República segue em flagrante abuso de poder, com nítido propósito de esconder a finalidade ilegal de seus atos e ações de governo, ferindo de morte o interesse público para atingir única e exclusivamente interesses particulares mesquinhos", afirma o partido.

Na ação, recebida hoje pelo STF e subscrita pelos advogados Eugésio Pereira Maciel e Flávio Henrique Costa Pereira, o PSDB pede que, caso Jair Bolsonaro descumpra as medidas sanitárias, ele seja multado.

"É fundamental, então, que os danos gerados à credibilidade das políticas do Ministério da Saúde pela conduta do requerido sejam imediatamente cessados para que se restaure a proteção da saúde e a coesão nacional no combate ao SARS-CoV-2", diz o documento.

A ação impetrada pelo PSDB é uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). No entendimento da sigla, o comportamento de Bolsonaro em relação à pandemia "claramente viola" os artigos 5º e 6º da Constituição no tópico sobre o direito fundamental à vida, e o artigo 37, que estabelece os princípios da eficiência e da moralidade na administração pública.