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Boulos: Mourão seria forçado a ter postura diferente em relação a pandemia

Do UOL, em São Paulo

31/05/2021 11h30Atualizada em 31/05/2021 12h29

Líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e coordenador da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos (PSOL) disse hoje que, em caso de impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido), um eventual governo liderado pelo vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) seria forçado a adotar uma postura diferente em relação à pandemia do novo coronavírus.

A aposta que faço por um impeachment é que um governo Mourão seria mais frágil e não tomaria posições absurdas e desumanas que o governo Bolsonaro toma, sobretudo sobre a pandemia.

Em declaração ao UOL Entrevista, conduzido pela apresentadora Fabíola Cidral e pelo colunista Josias de Souza, Boulos disse que não morre "de amores" por Mourão e que ele representa o oposto do que pensa politicamente, mas que um governo "tampão" não teria condições de seguir a agenda de Bolsonaro.

"Quando o governo é derrubado, e derrubado pela força da sua impotência política e da opinião da sociedade, quem entra no lugar para fazer um tampão de um ano, não tem condições, não teria condições políticas, de fazer um contraponto ao sentimento da sociedade", afirmou, acrescentando que acredita na interrupção da propaganda de cloroquina, havendo um investimento para se salvar vidas no país.

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Por isso, ele não cria altas expectativas, mas defende a saída de Bolsonaro nem que seja a poucos meses do fim de seu mandato, no final de 2022.

"Quando você tem impeachment, sobretudo no fim do mandato, esse presidente tampão não tem força política para impor seu projeto, é forçado a ouvir o clamor da população muito mais do que de um presidente eleito", disse.

No momento, não existe processo de impeachment aberto contra Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Boulos disse que as manifestações de ruas e a CPI da Covid-19 podem mudar o clima político e viabilizar o impedimento do presidente.