Presidente se retrata de fala sobre TCU, mas volta a atacar governadores
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou hoje, a apoiadores, que errou ao dizer que o TCU (Tribunal de Contas da União) possuía um relatório questionando o número de mortes decorrentes do novo coronavírus. No entanto, ao se retratar da informação que chegou a ser desmentida ontem pelo órgão, Bolsonaro voltou a atacar os governadores.
Ao recuar da informação, o presidente explicou que, dentre os critérios estabelecidos para a distribuição de verbas do governo federal aos estados, está a incidência de covid-19 nas regiões. Sem apresentar dados, Bolsonaro disse que há "fortes indícios" de que este critério estaria sendo usado pelos estados para "supernotificar" o número de mortes pela doença.
E o próprio TCU dizia o quê? Que a lei poderia incentivar uma prática não desejável da supernotificação de covid para o estado ter mais recursos. A tabela, porém, quem fez fui eu, não foi o TCU. A imprensa usa para falar que eu fui desmentido, mas não tem problema"
Jair Bolsonaro
As críticas do presidente, contudo, foram direcionadas aos governadores por terem tomado medidas de isolamento social, medida recomendada para a diminuição da proliferação do vírus. Ele, porém, ameaçou utilizar a máquina pública federal para investigar os gestores estaduais por meio das verbas da União.
"O que a gente vai fazer agora? Estava conversando com o advogado-geral da União (André Mendonça), que veio tomar café comigo aqui. O que o governo pode fazer? Via a CGU, irá fazer uma investigação em cima disso aí", declarou.
A tabela alegada pelo presidente, que mostraria uma possível manipulação do número de mortes por covid, porém, ainda não chegou a ser apresentada pelo presidente.
"Nós vamos para cima agora, para exatamente apurar quais estados que fizeram supernotificação em busca de mais dinheiro", enfatizou.
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