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Doria rebate Bolsonaro: 'Acorda pensando na minha sunga apertada'

"Tonho da Lua deve estar morrendo de ciúmes", disse Doria, referindo-se também a Carlos Bolsonaro - Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo
"Tonho da Lua deve estar morrendo de ciúmes", disse Doria, referindo-se também a Carlos Bolsonaro Imagem: Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

11/06/2021 15h35Atualizada em 11/06/2021 15h45

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), respondeu hoje às críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre sua ida a um hotel no Rio de Janeiro, na semana passada. Ontem, durante sua live semanal, Bolsonaro chamou Doria de "hipócrita" e disse que o governador deu um "péssimo exemplo" ao tomar sol sem máscara.

"Depois de ter tomado duas doses de antirrábica, Jair Bolsonaro passa de raivoso para apaixonado. Ele dorme sonhando com minha calça apertada e acorda pensando na minha sunga apertada. É muito amor. Tonho da Lua deve estar morrendo de ciúmes", escreveu o governador em uma rede social.

"Tonho da Lua" é como Doria chama o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), em referência ao personagem da novela "Mulheres de areia". Em abril, durante uma troca de farpas com Carlos no Twitter, o governador também utilizou o mesmo apelido.

Na live de ontem, Bolsonaro voltou a fazer uma série de ataques a Doria — desta vez, porque o tucano foi visto tomando sol, sem máscara, em um hotel no Rio —, mas sem citá-lo nominalmente. (veja no vídeo abaixo)

"Estamos vendo aí um governador, não vou falar de que estado é. Ele fecha seu estado, ou vai para Miami, ou foi agora plotado em um hotel do Rio de Janeiro, com a sunguinha apertadinha. Não vou falar o nome dele aqui, [estava] dando um péssimo exemplo. Está de brincadeira, né, cara? Tem que dar exemplo, tinha cadeira do lado", disse Bolsonaro, sugerindo que Doria estava aglomerando.

As imagens de Doria que circularam nas redes sociais datam do último sábado (5). Nelas, o governador aparece tomando sol à beira da piscina do hotel Fairmont Rio de Janeiro Copacabana, um dos mais tradicionais da capital fluminense. Na segunda (7), em nota ao UOL, a assessoria de Doria disse que ele estava em um momento de descanso com a esposa e "não promoveu nenhum tipo de aglomeração".

Bolsonaro quase nunca respeita as chamadas medidas não farmacológicas para evitar a disseminação da covid-19. Além de participar e promover aglomerações — como o passeio de moto no Rio, em 23 de maio —, o presidente não costuma usar máscara em público. Mais cedo, ele afirmou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, prepara um parecer para desobrigar o uso da proteção para vacinados e já contaminados, apesar do risco de reinfecção.