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Mandetta sobre reunião com partidos: 'Convergência é zelar pela democracia'

Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde  - Jefferson Rudy/Agência Senado
Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

18/06/2021 08h35Atualizada em 18/06/2021 09h54

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) disse hoje, em participação ao UOL News, que o ponto de convergência entre os partidos com os quais se reuniu é o zelo pela democracia.

Reunidos em almoço, sete partidos não alinhados, nem com governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nem com o PT do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decidiram que manterão reuniões visando as eleições presidenciais de 2022, conforme mostrou o colunista do UOL Tales Faria.

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Segundo Mandetta, "não se trata de ser alternativa a Lula e a Bolsonaro", mas sim de uma "alternativa para o país".

"Acho que você tem uma expressão muito grande na sociedade de busca por futuro, por esperança, por uma alternativa a dois extremos que todos já sabem onde vai dar: mais conflito, mais confusão. Uma busca por pacificação, equilíbrio, capacidade de dialogar com a sociedade de maneira horizontal. É natural que os partidos comecem discussões, comecem a maturação dessas ideias", disse.

Estavam presentes os presidentes do PSDB, Bruno Araújo; do DEM, ACM Neto; do Cidadania, Roberto Freire; do PV, José Luiz Penna; e do Podemos, Renata Abreu. O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, não compareceu porque o filho está com covid-19. Enviou o deputado Áureo Ribeiro (RJ) como representante. O MDB mandou o deputado Herculano Passos (SP). O ex-ministro classificou a reunião como um "excelente ponto de partida".

De acordo com Mandetta, embora estejam em momentos diferentes e tenham posições diferentes, o ponto de convergência número um das siglas é o zelo pela democracia. "Esse é o ponto muito forte que une muito esses partidos, que enxergam que é necessário estar atento e forte para esse momento."

Questionado se existe uma terceira via capaz de concorrer com Bolsonaro e Lula, Mandetta disse que sim e que ela vai surgir "do processo eleitoral".

"O eleitor hoje está preocupado com a pandemia, com viver, sobreviver. Ele está preocupado em como atravessar esse período de carestia, com emprego, com outras questões, ainda não está preocupado [com eleição] (...) Ambos sabem que uma terceira via, uma via que emerge, uma via nova, que aponte um caminho, ela vai ser o novo, a esperança, e se ela for para o segundo turno contra qualquer um dos dois ela será vencedora", acredita.

Mandetta disse ainda manter diálogo com o ex-ministro Sergio Moro e foi questionado sobre a possibilidade dele concorrer em 2022. "Acho que ele tem hoje uma agenda profissional, ele sempre coloca 'olha, eu tenho compromissos profissionais, não posso me envolver até por questões de compliance', mas troca impressões (...) Acho que todas as pessoas brasileiras em condições de sentar à mesa, opinar, e construir estão incluídas", disse.

O ex-ministro falou ainda sobre o apresentador Luciano Huck, classificando-o como um "homem muito maduro" e que sabe "muito bem o drama social brasileiro". Nesta semana, Huck confirmou que substituirá Faustão nos domingos da Rede Globo a partir de 2022, ou seja, não se lançará como candidato.