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Lula critica violência policial contra indígenas: 'Covardia'

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista para a Al Jazeera - Reprodução/Al Jazeera
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista para a Al Jazeera Imagem: Reprodução/Al Jazeera

Colaboração para o UOL

22/06/2021 18h38Atualizada em 22/06/2021 19h06

Na tarde de hoje, o ex-presidente Lula (PT) criticou a violência policial contra indígenas que realizavam uma manifestação em Brasília, no estacionamento do no anexo 2 da Câmara dos Deputados, contra a votação do PL 490, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta dificulta a demarcação de terras indígenas ao criar um marco temporal para delimitar o que são terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas.

Houve confronto, com uso de bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e gás de pimenta por parte da polícia e o confronto terminou com pelo menos seis feridos, entre manifestantes indígenas, policiais e funcionários da Câmara. No Twitter, Lula criticou o uso excessivo da força policial.

"É inaceitável a covardia com que as manifestações dos povos indígenas foram reprimidas pela polícia em Brasília. É preciso que a sociedade brasileira repudie a banalização dessas agressões. Um país que não respeita seus povos originários não pode ir pra frente", disse o ex-presidente.

Outros políticos como o deputado federal Marcelo Freixo, recém-chegado ao PSB-RJ, também criticaram a postura da polícia. Ele diz que vai pedir uma audiência com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. "Nós da liderança dos partidos de oposição vamos pedir uma audiência com o governador @IbaneisOficial p/ falarmos sobre a repressão truculenta da polícia ao protesto dos indígenas em Brasília. A ação foi desproporcional, ilegal e não pode se repetir", escreveu o deputado. Até o momento, Ibaneis não se manifestou por meios de suas redes.

Sâmia Bomfim (PSOL-SP) também classificou a ação policial como violenta e repressora. "URGENTE! Recebemos imagens de repressão e violência contra os povos indígenas que se manifestam em Brasília contra o PL 490 que legaliza o roubo de suas terras. Não podemos permitir esse absurdo na Câmara Federal! #PL490Não #TerraIndígenaFica #EquipeSâmia".

No meio político, também houve quem fizesse críticas aos indígenas que estavam na manifestação. A deputada Bia Kicis (PSL-DF) afirmou em um tweet que "índios ligados à esquerda atacaram a Câmara e pacificamente flecharam 1 policial legislativo e 2 PMs. Tudo na maior paz". Atual presidente da CCJ, onde o projeto era votado, ela afirmou ainda que suspendeu a sessão para garantir a segurança "de servidores e parlamentares e em respeito aos policiais feridos. Mas o processo legislativo não pode ser refém de opositores violentos, seja quem for. Amanhã a CCJ retorna".

O também deputado Flávio Bolsonaro (PSL-SP) disse que "índios insuflados pela esquerda dão flechada em Policial Legislativo Federal". Já o Movimento Brasil Livre (MBL) tuitou que "O tal do "protesto pacífico" tem policial vítima de "flecha perdida". Deve ter caído do céu, porque a esquerda jura que os índios estão lá pacificamente".