Ciro sobre impeachment: Protestos ajudarão Brasil a tirar inércia da Câmara
Após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), sinalizar que não dará sequência ao superpedido de impeachment, as manifestações contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) "ajudarão a tirar a inércia da Câmara", declarou o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT).
"As manifestações vão ajudar o Brasil a tirar essa inércia da Câmara Federal, dos políticos. Se a gente empurrar, ele [Bolsonaro] cai. As manifestações têm esse efeito gradual de fazer mudar a conduta de inércia", disse Ciro ao UOL Entrevista, conduzido pelos colunistas Tales Faria e Josias de Souza, além do apresentador Diego Sarza.
Apesar da fala, ele diz estar dividido sobre as manifestações em meio a pandemia de covid-19. "Ainda estamos vendo 2.000 pessoas morrerem por dia. A única saída é a vacina e, enquanto não tiver a vacina, só o isolamento social".
É uma coisa aberrante que uma pessoa, o presidente da Câmara [Arthur Lira], barre o processo [de impeachment]. Lamento que o ex-presidente [Rodrigo Maia] também fez isso.
Ciro Gomes no UOL Entrevista
Ciro ressaltou que o impeachment não é remédio para um governo ruim, "entretanto é o único remédio para o cometimento de crime de responsabilidade doloso, ou seja, de caso pensado. É claramente o caso de Jair Messias Bolsonaro".
Ele explica que o superpedido de impeachment tipificou 23 crimes cometidos pelo presidente. "Eu sou professor de direito e já assinei três pedidos de impeachment e os crimes estão bem capitulados e desenhados. Alguns são óbvios como atentar contra o regular funcionamento das instituições. Isso é o mais grave dos crimes dos crimes de responsabilidade: atentar contra o coração da democracia. Bolsonaro tem feito isso".
Em um eventual governo Mourão, vice-presidente da República, Ciro diz que fará uma "oposição severa".
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