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Senado aprova indicação de ex-chefe de gabinete de Ricardo Barros para ANS

Paulo Rebello foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Sociais  - Edilson Rodrigues/Agência Senado
Paulo Rebello foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Sociais Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo*

08/07/2021 09h01

O Senado aprovou ontem a indicação de Paulo Roberto Rebello Filho para o cargo de diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Ele foi chefe de gabinete do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), hoje envolvido em suspeitas de corrupção na compra de vacinas contra a covid-19, quando o parlamentar era ministro da Saúde, durante o governo Michel Temer (MDB).

O indicado foi sabatinado na manhã de ontem pela CAS (Comissão de Assuntos Sociais) e teve seu nome aprovado pelo colegiado. À tarde, no Plenário, o líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), informou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia enviado mensagem ao Senado pedindo a retirada da indicação. A desistência chegou a ser publicada pelo presidente. No fim do dia, Bolsonaro desistiu da retirada e a indicação foi votada e aprovada pelos senadores.

O indicado, que é o atual diretor de Normas e Habilitação das Operadoras na ANS, é graduado em direito pelo Centro Universitário de João Pessoa, com curso de Capacitação em Gestão e Direito da Saúde. Tem 17 anos de experiência na administração pública, tendo ocupado cargos como chefe de gabinete do ministro da Saúde entre 2016 e 2018 e de assessor especial do ministro e substituto da chefia de gabinete do Ministério da Integração Nacional entre 2015 e 2016.

Durante a sabatina, ele foi questionado sobre reajustes nos planos de saúde — a agência é vinculada ao Ministério da Saúde e regula o mercado de planos de saúde privados —, em 2020, quando, por conta da pandemia, os atendimentos não emergenciais e os sinistros tiveram queda recorde.

Rebello explicou que os valores dos planos são calculados conforme consumo e a sinistralidade do ano anterior, portanto os cálculos de 2020 levaram em consideração os dados de 2019, antes da pandemia.

* Com informações da Agência Senado