Topo

Esse conteúdo é antigo

Brasil tem presidente motoqueiro agressor de mulheres, diz Omar Aziz

Do UOL, em São Paulo

13/07/2021 12h31Atualizada em 13/07/2021 14h17

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM) disse hoje que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é um "agressor de mulheres" após uma série de ataques do presidente e de aliados contra jornalistas.

"O Brasil tem um presidente motoqueiro que, em vez de ir aos estados e municípios, de ir aos hospitais, de visitar famílias que perderam ente querido, vai assacar contra seus adversários. Uma pessoa que não tem sensibilidade, agressor de mulheres, que gosta de gritar com as mulheres. Grande motoqueiro o Brasil tem, péssimo presidente", afirmou Aziz.

O senador também criticou senadores da base governista na CPI da Covid, que não concordaram com o decreto de prisão contra o ex-diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias. "Abuso de autoridade são as mortes, é a omissão, é ser complacente com o governo, que não tem um milímetro de solidariedade".

Os episódios de ataque de Bolsonaro contra a imprensa são comuns. Em junho, Bolsonaro se irritou com a pergunta de uma repórter da Rede Vanguarda, afiliada da TV Globo, e mandou a jornalista "calar a boca". Na sexta-feira (9), o advogado do presidente Bolsonaro, Frederick Wassef, atacou a repórter do UOL Juliana Dal Piva dizendo, entre outras coisas, para que ela se mudasse para a China. "Lá você desapareceria e não iriam nem encontrar o seu corpo".

Em maio, a jornalista Daniela Lima da CNN também foi alvo de ataques nas redes sociais por apoiadores do presidente Bolsonaro. No programa CNN 360º, ela diz: "Não saia daí porque agora, infelizmente, a gente vai falar de notícia boa, mas com valores não tão expressivos".

Os ataques, no entanto, mostravam apenas a primeira parte da frase: "Infelizmente, a gente vai falar de notícia boa". Daniela recebeu apoio de outras jornalistas como Andréia Sadi e Patricia Campos Mello — esta última também vítima de ataques nas redes sociais.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.