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Com nariz para fora, depoente troca de máscara a pedido de Randolfe na CPI

Do UOL, em São Paulo

15/07/2021 14h30Atualizada em 15/07/2021 14h58

O representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho, trocou de máscara no início de seu depoimento à CPI da Covid, na manhã de hoje, a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão.

Carvalho estava com o nariz para fora da máscara — para proteção adequada contra a covid-19, o acessório deve cobrir nariz e boca.

"Senhor Cristiano, só um minuto, por gentileza. Senhor presidente, estou pedindo para a secretaria: acho que seria adequado trocar a máscara do depoente, pois acho que a máscara está cedendo", disse Randolfe.

Carvalho se desculpa e o parlamentar responde: "Não, o problema não é seu, não. Fique à vontade, fique à vontade, fique tranquilo. É só para tomarmos uma... É até para sua própria proteção".

Na sequência, um funcionário do Senado entrega uma nova máscara ao depoente e ele troca o equipamento de segurança.

Carvalho tinha a seu favor um habeas corpus concedido pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, que lhe garante o direito de ficar em silêncio diante de perguntas que possam incriminá-lo.

Apesar disso, o representante da Davati respondeu às perguntas dos senadores e comentou sobre o suposto pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina feito pelo ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Dias ao cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominghetti e as negociações da Davati com a pasta.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.