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Vendedor da Davati diz que foi procurado diversas vezes por Roberto Dias

Do UOL, em São Paulo

15/07/2021 11h46Atualizada em 15/07/2021 14h04

O representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho, afirmou hoje na CPI da Covid que foi procurado diversas vezes por Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, e Luiz Paulo Dominghetti, que diz ter recebido pedido de propina na venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca.

Na CPI, Carvalho relatou que o primeiro contato com Dias foi em 3 de fevereiro. Segundo ele, o então diretor insistiu no contato e, além de enviar mensagens, o telefonou no mesmo dia. "Retornei a ligação por volta das 21h. Dias conversou comigo rapidamente, disse que ele fazia a contratação de dispensa internacional de vacinas. Até fui checar na internet e verifiquei que ele realmente era o diretor de logística do Ministério da Saúde".

Fui alçado a posto que eu não tinha numa situação bem complicada. Eu nunca entrei em contato com o Ministério da Saúde, o Ministério da Saúde que me procurou através do Roberto Ferreira Dias."
Cristiano Carvalho na CPI da Covid

"Dada a insistência das pessoas em me procurar, vi como oportunidade de fazer um bom trabalho e de ser remunerado por isso. [Recebi contatos] tanto por Dominghetti quanto por representantes do Ministério da Saúde".

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.