Cármen Lúcia nega pedido do PT para Lira analisar impeachment de Bolsonaro
A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia negou hoje solicitação do PT (Partido dos Trabalhadores) para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), analisasse pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), feita pela sigla no ano passado.
Para a ministra, conceder o mandado prejudicaria o princípio de separação entre os Poderes. "O juízo de conveniência e de oportunidade do processo de impeachment é reserva da autoridade legislativa, após a demonstração da presença de requisitos formais", escreveu.
O documento, que foi assinado pelo ex-candidato do PT à Presidência da República Fernando Haddad e pelo deputado Rui Falcão (PT-SP), referia-se a um pedido de impeachment assinado por 158 pessoas e protocolado em maio do ano passado.
Para os políticos, Lira se omite ao se recusar a apreciar ao menos um dos mais de 120 pedidos de impedimento do presidente.
No começo deste mês, parlamentares e movimentos sociais protocolaram um "superpedido" de impeachment, que reúne todos os anteriores e lista 23 crimes de responsabilidade atribuídos a Bolsonaro. Logo depois, Lira sinalizou que, no momento, não dará sequência ao processo e que uma ação desse tipo exigiria "materialidade".
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