PSOL vai ao STF para barrar desfile com tanques; Toffoli será relator
O PSOL entrou com um mandado de segurança para impedir o desfile militar previsto para acontecer amanhã em Brasília. No ofício, encaminhado ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, o partido afirma que o ato "se apresenta como flagrante abuso de autoridade" e que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "rompe a legalidade e viola" artigos da Constituição. O ministro Dias Toffoli foi sorteado como relator do pedido.
No texto, o PSOL ressalta que, apesar de o ato acontecer desde 1988, "nunca o comboio entrou na Praça dos Três Poderes para fazer convite à presidente da República" e que isso acontecia em gabinete, de forma protocolar.
"É inadmissível qualquer ameaça, mesmo que simbólica, porquanto séria, eis que vinda do presidente da República e das forças armadas, de quebra da ordem democrática", escreve.
Mais cedo, o PSOL já havia anunciado a intenção de entrar com mandado de segurança.
"PSOL vai entrar com mandado de segurança para impedir desfile militar durante a votação do voto impresso, nessa terça. O caso é grave. O Brasil não vai aceitar intimidações golpistas!", publicou o partido no Twitter.
O UOL apurou que o Exército participará da atividade, porém apenas blindados da Marinha desfilarão.
O desfile foi criticado pela oposição. O senador e vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse ser uma demonstração de "covardia".
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