Paes defende candidatura de Rodrigo Pacheco, mas diz não ter veto a Lula
Filiado há poucos meses ao PSD, Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, disse em participação no UOL Entrevista que vem participando ativamente de articulações visando a eleição de 2022.
O político disse que irá trabalhar em prol de candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, à Presidência da República pelo seu partido, mas disse não ter nenhuma objeção a um apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Paes confirmou ter condicionado sua ida ao PSD a um compromisso do presidente do partido, Gilberto Kassab, de não apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Embora esteja se reunindo com diversos pré-candidatos, o prefeito do Rio disse que irá apoiar os planos do partido.
"Meu candidato é o candidato do meu partido. O presidente Gilberto Kassab tem anunciado a candidatura do senador Rodrigo Pacheco à Presidência da República numa provável vinda dele para o PSD", disse.
O prefeito disse ter se reunido recentemente com pré-candidatos ao Planalto, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e Lula. Pacheco também foi recebido por ele.
Paes evitou declarar apoio ao petista em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, mas disse não ter nenhum veto a um apoio do PSD a Lula —de quem Paes foi um aliado próximo no passado.
"Não tem veto a isso", resumiu.
Questionado sobre a possibilidade de ocupar o posto de vice-presidente em uma chapa encabeçada por Ciro Gomes (PDT), Paes foi enfático ao descartar deixar a Prefeitura do Rio antes do fim do mandato.
"Em hipótese nenhuma. Eu vou ficar aqui no Rio. O Rio passou por um período muito duro, muito difícil. Não é porque foi meu adversário, mas o [ex-prefeito] Crivella foi uma tragédia para essa cidade. A população me elegeu sabendo que eu ficaria na prefeitura, contando com isso. Foi uma eleição muito contundente e vou cumprir com esse meu compromisso. Vou ficar aqui até 2024 e já anunciou que tentarei a reeleição", disse.
Contrário ao impeachment de Bolsonaro
Paes também afirmou ser contra o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Ele argumentou que prefere a estabilidade no sistema político.
"As manifestações do Bolsonaro sobre o voto impresso são absurdas. Acho um absurdo o principal líder político do país se manifestar dessa maneira, aliás como se manifestou em relação a diversos temas dessa pandemia. Não acho que tem que ter o impeachment de Bolsonaro, ele tem que ser derrotado nas eleições, a não ser que cometa crime de responsabilidade digno desse nome", disse Paes.
O prefeito disse também que não concorda com o padrão de crime de responsabilidade que impuseram à ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
"Estamos muito próximos das eleições, prefiro estabilidade democrática. As instituições são fortes o suficiente para sustentar esse besteirol [do Bolsonaro]".
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