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Após ato, Bolsonaro é multado pelo governo de SP por não usar máscara

Do UOL, em São Paulo

07/09/2021 18h19

O Governo de São Paulo aplicou hoje uma nova autuação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partida) por não utilizar máscara durante a manifestação golpista que ocorreu hoje na Avenida Paulista.

Em nota, o governo informou que os agentes da Vigilância Sanitária Estadual também autuaram outras 13 autoridades e personalidades, entre deputados, secretários, lideranças religiosas, artistas e empresários durante o ato durante o feriado de hoje.

Já é a sétima ocasião em que Bolsonaro descumpre normas sanitárias no território paulista, acumulando seis reincidências.

As autuações em legislação estadual e Lei Federal nº 14.019 de 2020, que obriga o uso de máscaras, e o sujeita às penalidades previstas na Lei nº 6.437 de 1977, que prevê multa de até R$ 1,5 milhão para infrações sanitárias gravíssimas.

Os outros apoiadores do presidente que foram multados são:

  • André Porciuncula Subsecretário de Fomento e Incentivo à Cultura;
  • Carla Zambelli - Deputada Federal (SP)
  • Danilo Balas - Deputado Estadual (SP)
  • General Girão Monteiro - Deputado Federal (RN)
  • Luciano Hang - Empresário
  • Marcio Labre - Deputado Federal (RJ)
  • Marco Feliciano - Deputado Federal (SP)
  • Magno Malta
  • Mário Frias - Secretário Especial de Cultura
  • Netinho - Cantor
  • Silas Malafaia
  • Suellen Rossin - Prefeita de Bauru (SP)
  • Tarcísio Gomes de Freitas - Ministro da Infraestrutura

A primeira infração cometida por Bolsonaro ocorreu em 12 de junho. Já no dia 25 de junho, o chefe do Executivo cometeu a primeira reincidência e foi autuado em evento em Sorocaba.

A terceira reincidência ocorreu em 31 de julho, em Presidente Prudente. As outras três autuações ocorreram em visita do presidente a três cidades do Vale do Ribeira.

Ato abaixo do esperado

O ato a favor de Bolsonaro, que hoje desafiou explicitamente o STF, reuniu 125 mil pessoas na Avenida Paulista, segundo estimativa da Secretaria da Segurança de São Paulo.

O número é bem abaixo do estimado pelos próprios organizadores da manifestação que, em reunião com a Polícia Militar de São Paulo no último dia 31 de agosto, afirmaram esperar entre 2 milhões e 3 milhões de participantes no protesto. O auge de público estimado pelo governo paulista neste 7 de Setembro oje corresponde a pouco mais de 6% do esperado pelos apoiadores do presidente.

Os 125 mil presentes, por entanto, foram o suficiente para encher a avenida de manifestantes. Ao longo do dia, 11 das 15 quadras da Paulista foram preenchidas por pessoas em apoio a Bolsonaro.

Com cartazes golpistas que pediam o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal), a adoção do voto impresso e a instituição de um tribunal militar, manifestantes assistiram ao discurso no qual Bolsonaro ameaçou a Corte de golpe, incitou desobediência à Justiça e disse que só sai da Presidência morto.