Após ato, Bolsonaro é multado pelo governo de SP por não usar máscara
O Governo de São Paulo aplicou hoje uma nova autuação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partida) por não utilizar máscara durante a manifestação golpista que ocorreu hoje na Avenida Paulista.
Em nota, o governo informou que os agentes da Vigilância Sanitária Estadual também autuaram outras 13 autoridades e personalidades, entre deputados, secretários, lideranças religiosas, artistas e empresários durante o ato durante o feriado de hoje.
Já é a sétima ocasião em que Bolsonaro descumpre normas sanitárias no território paulista, acumulando seis reincidências.
As autuações em legislação estadual e Lei Federal nº 14.019 de 2020, que obriga o uso de máscaras, e o sujeita às penalidades previstas na Lei nº 6.437 de 1977, que prevê multa de até R$ 1,5 milhão para infrações sanitárias gravíssimas.
Os outros apoiadores do presidente que foram multados são:
- André Porciuncula Subsecretário de Fomento e Incentivo à Cultura;
- Carla Zambelli - Deputada Federal (SP)
- Danilo Balas - Deputado Estadual (SP)
- General Girão Monteiro - Deputado Federal (RN)
- Luciano Hang - Empresário
- Marcio Labre - Deputado Federal (RJ)
- Marco Feliciano - Deputado Federal (SP)
- Magno Malta
- Mário Frias - Secretário Especial de Cultura
- Netinho - Cantor
- Silas Malafaia
- Suellen Rossin - Prefeita de Bauru (SP)
- Tarcísio Gomes de Freitas - Ministro da Infraestrutura
A primeira infração cometida por Bolsonaro ocorreu em 12 de junho. Já no dia 25 de junho, o chefe do Executivo cometeu a primeira reincidência e foi autuado em evento em Sorocaba.
A terceira reincidência ocorreu em 31 de julho, em Presidente Prudente. As outras três autuações ocorreram em visita do presidente a três cidades do Vale do Ribeira.
Ato abaixo do esperado
O ato a favor de Bolsonaro, que hoje desafiou explicitamente o STF, reuniu 125 mil pessoas na Avenida Paulista, segundo estimativa da Secretaria da Segurança de São Paulo.
O número é bem abaixo do estimado pelos próprios organizadores da manifestação que, em reunião com a Polícia Militar de São Paulo no último dia 31 de agosto, afirmaram esperar entre 2 milhões e 3 milhões de participantes no protesto. O auge de público estimado pelo governo paulista neste 7 de Setembro oje corresponde a pouco mais de 6% do esperado pelos apoiadores do presidente.
Os 125 mil presentes, por entanto, foram o suficiente para encher a avenida de manifestantes. Ao longo do dia, 11 das 15 quadras da Paulista foram preenchidas por pessoas em apoio a Bolsonaro.
Com cartazes golpistas que pediam o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal), a adoção do voto impresso e a instituição de um tribunal militar, manifestantes assistiram ao discurso no qual Bolsonaro ameaçou a Corte de golpe, incitou desobediência à Justiça e disse que só sai da Presidência morto.
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