Manifestantes do MTST promovem ato em frente à mansão de Flávio Bolsonaro
Manifestantes ligados ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) se reuniram na manhã de hoje em frente ao condomínio de luxo onde está localizada à mansão de R$ 5,97 milhões do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) em Brasília.
Um dos coordenadores do ato do MTST, Rud Rafael lembrou que o ato em frente à residência do senador é o segundo movimento recente do grupo "contra a fome e a inflação".
"Estamos aqui para denunciar a desigualdade no Brasil, enquanto o filho do presidente é denunciado por rachadinha e compra uma mansão de R$ 6 milhões", afirmou.
Na semana passada, o grupo também ocupou a sede da bolsa de valores de São Paulo, no centro da capital paulista. O ato, porém, não atrapalhou a atividade econômica no dia, já que, desde 2009, todas as transações são feitas eletronicamente.
MTST protesta em frente a condomínio de mansão de Flávio Bolsonaro
MTST protesta em frente a condomínio de mansão de Flávio Bolsonaro
O integrante da direção nacional do movimento popular, Eduardo Borges, defendeu a mudança de postura do grupo, que partiu para uma abordagem mais agressiva.
"Já que na esplanada não resolve e não conseguimos encontrar nenhum deles (Integrantes da família Bolsonaro), decidimos ir atrás deles para denunciar que, enquanto o povo passa fome, o filho do presidente compra uma mansão", disse.
Para a também coordenadora do MTST Camila de Caso, o país "chegou ao limite" da atual gestão e, por essa razão, o grupo popular decidiu promover uma série de mobilizações no país, que deverão acontecer ao longo de outubro.
"A conjuntura radicalizou. Radicalizou a fome, radicalizou a falta de teto, radicalizou o governo", afirmou.
Os manifestantes chegaram ao local em cinco ônibus, sendo três "escolares". No local, os membros do MTST gritam palavras de ordem e levantam faixas contra a "família Bolsonaro".
Em um dos momentos do ato, um grupo de manifestantes levantou alguns ossos em simbolismo à foto publicada pelo jornal Extra, que retratou o aumento da miséria no Brasil.
Após a chegada dos manifestantes, uma viatura da polícia do Senado chegou ao local e se encontra em frente ao condomínio do político. Segundo um dos policiais, trata-se de "ronda normal e diária".
A compra da mansão do filho "01" do presidente foi registrada em um cartório na cidade de Brazlândia, localizado a cerca de 40 km de Brasília. A aquisição também ocorreu na semana seguinte à decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que anulou as quebras de sigilo bancário e fiscal do político.
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