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CPI dá 48h para Queiroga explicar vacinação em 2022 e abandono da CoronaVac

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na CPI da Covid - Jefferson Rudy/Agência Senado
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na CPI da Covid Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

05/10/2021 15h53Atualizada em 05/10/2021 16h14

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid aprovou hoje um requerimento que pede que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explique em até 48 horas os planos de vacinação contra a covid-19 para 2022 e a desistência do uso da CoronaVac na campanha de imunização.

O requerimento apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) foi usado como uma alternativa ao fato de que Queiroga não deve voltar para depor novamente na CPI — esta será a última semana com depoimentos, e não cúpula da comissão avalia que não haverá tempo hábil para ouvir de novo o ministro.

O ministro da Saúde já prestou depoimento duas vezes na comissão. A primeira, no dia 6 de maio, a segunda, no dia 8 de junho.

Queiroga tem dois dias para detalhar por escrito o plano nacional de imunização a ser executado em 2022, bem como para apresentar uma justificativa para a descontinuidade do uso da CoronaVac em 2022. Hoje, o ministro afirmou que o imunizante só voltará a ser usado se obtiver um registro definitivo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Ele deverá explicar ainda qual é o estoque e planejamento de vacinas para o final de 2021, considerando a aplicação de terceira dose e a vacinação de adolescentes, quais medidas estão sendo tomadas para esclarecer as dúvidas da população acerca da vacinação e detalhar as medidas de acompanhamento epidemiológico da pandemia no Brasil.

"Há a possibilidade de nós termos uma nova pandemia de covid-19 por uma mutação não abrangida pelos imunizantes disponíveis. Portanto, nós precisamos ter um diálogo e é preciso que o Ministério da Saúde possa se manifestar a respeito disso", disse o senador Rogério Carvalho (PT-SE) durante a sessão de hoje, algumas horas depois da aprovação do requerimento.

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.