Jornal: 4 parlamentares são investigados por suspeita de venda de emendas
Quatro parlamentares são investigados pela Polícia Federal como suspeitos de participarem de um esquema de venda de emendas no Congresso Nacional, publica hoje o jornal O Estado de S. Paulo. Apenas um deles, o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA), é citado nominalmente, sendo que outros dois deputados e um senador estão com o nome em sigilo, acrescenta o jornal.
Na última quarta-feira, o ministro Wagner Rosario, da CGU (Controladoria-Geral da União), afirmou que a sua pasta e a Polícia Federal investigavam um esquema de venda de emendas parlamentares, em que deputados e senadores destinariam dinheiro público do Orçamento a prefeituras em troca de um porcentual. Ele não citou nomes, o que gerou até uma cobrança do senador Renan Calheiros (MDB-AL) pela revelação de quem era investigado.
Segundo O Estado de S. Paulo, o STF (Supremo Tribunal Federal) tem pelo menos dois inquéritos sigilosos abertos para investigar o suposto esquema no qual parlamentares cobrariam comissão para indicar recursos do Orçamento a uma determinada prefeitura. O dinheiro seria pago por empresas interessadas ou pelo próprio agente público.
Em relação ao único nome citado na reportagem, Josimar Maranhãozinho foi alvo de uma operação da PF em dezembro de 2020 que apurava um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares destinadas à Saúde do Maranhão, com direcionamento de licitações.
Segundo divulgado pela Polícia Federal na época das investigações da Operação Descalabro, o deputado era suspeito de ter destinado as emendas, no montante R$ 15 milhões, para os municípios do interior do Estado do Maranhão, seu reduto eleitoral. O jornal O Estado de S. Paulo diz que um novo inquérito foi aberto em maio no STF.
O UOL tenta contato com Josimar de Maranhãozinho e publicará o seu posicionamento assim que receber uma resposta. Em dezembro, quando foi alvo da operação, ele disse os recursos foram distribuídos e aplicados de forma legal e que estranhava a ação ter ocorrido depois de ele manifestar que se candidataria ao governo de Maranhão.
Nesta semana, a empresa Águia Farma Distribuidora de Medicamentos, que tem em seu quadro societário o deputado, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Maranhão por suspeita de fraudes de R$ 160 mi. Em mensagem no Twitter, Josimar questionou a ação.
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