Irritado, Silas Malafaia ataca ministros Ciro Nogueira e Flávia Arruda
Irritado com a demora na aprovação pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado do nome de André Mendonça para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), o pastor Silas Malafaia soltou um vídeo nas redes sociais no qual cobra uma manifestação pública dos ministros palacianos Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo) em favor do ex-advogado-geral da União.
"É inacreditável que ministros de Bolsonaro, cujos gabinetes ficam no palácio do governo e são ministros políticos, são contra a indicação de André Mendonça para o STF", afirmou.
Malafaia também negou que os líderes evangélicos tenham indicado o nome de Mendonça para a vaga no Supremo e afirmou que a "indicação é do presidente Jair Bolsonaro".
"Isso é uma vergonha. Onde é que nós vamos parar? Não somos nós pastores que indicamos. Se o presidente quer nomear alguém terrivelmente católico, ele vai perguntar a deputados e senadores? Ou vai perguntar aos bispos?"
Malafaia diz que as críticas ao indicado são oriundos de "preconceito" contra evangélicos.
Ainda de acordo com o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, os ministros com atuação mais política "são obrigados" a emitirem nota e trabalharem em favor da indicação de Mendonça para o STF, o que, em sua visão, não estaria acontecendo.
"Vou repetir aqui. Os ministros Ciro Nogueira, Fábio Faria (Comunicação) e Flávia Arruda, que são políticos e ministros do palácio, são obrigados a defenderem a indicação do presidente Bolsonaro e a trabalhar em favor de Mendonça. Não querem? Saiam daí. Não podem estar aí", declarou.
Portas fechadas
No Senado, o ex-ministro André Mendonça tem tido dificuldade em conversar com alguns senadores, que têm sofrido influência de uma disputa que envolvem outros dois nomes que ainda esperam ser indicados por Bolsonaro ao Supremo, o de Augusto Aras, da PGR (Procuradoria-Geral da República) e o de Humberto Martins, atual presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Ambos possuem interlocutores que têm conversado com políticos, enquanto o nome de Mendonça se desgasta.
Para conseguir ir ao Supremo, o indicado do presidente precisará passar pela sabatina na CCJ, local onde o presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), se recusa a pautar a sabatina, e depois ser aprovado por 41 senadores no plenário da Casa.
O nome de Mendonça, porém, ainda não obteve o número de votos necessários para a aprovação. No Senado, aliados ao governo tem atuado em favor da nomeação de outros possíveis candidatos e não de Mendonça.
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