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Carla Zambelli diz que vai ao STF para ser ouvida na CPI da Covid

19.mai.2021 - A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), em audiência pública na Câmara - Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
19.mai.2021 - A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), em audiência pública na Câmara Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

19/10/2021 19h44

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse que entrará com pedido de habeas corpus no STF (Spuremo Tribunal Federal) para poder falar e se defender na CPI da Covid.

Zambelli aparece na lista do relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL), no qual sugere o indiciamento de 70 pessoas e duas empresas por um total de 24 crimes que teriam sido cometidos durante a pandemia. A deputada e apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é acusada de "incitação ao crime".

"Como vocês já sabem: o Renan Calheiros já concedeu entrevista ao 'Jornal Nacional' e a outros jornais também antecipando o relatório e cometendo mais um crime de antecipação de seu relatório antes mesmo da votação. É garantido a todo o cidadão a ampla defesa de acordo com o Código de Processo Penal. Por esse motivo estou entrando noo STF com habeas corpus solicitando que a CPI me ouça", diz a deputada, em vídeo publicado nas redes sociais. (Assista ao vídeo abaixo)

"Qual é o medo de falar na minha cara o que vocês pensam a meu respeito? Algum receio? Bom, espero que tenham a dignidade de chamar para depor", completou, em seguida.

A versão mais atualizada do documento que será apresentado por Renan Calheiros foi divulgada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela reportagem do UOL. O texto deverá ser votado pelos senadores na semana que vem, e a versão atual ainda pode sofrer alterações.

O relatório de Renan sugere que o presidente Jair Bolsonaro cometeu os crimes de homicídio qualificado, epidemia, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, genocídio de indígenas e crime contra a humanidade,

Além disso, o senador atribui ao presidente dois crimes de responsabilidade: violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo.

Ao lado do presidente, seus três filhos mais velhos estão entre os que têm pedido de indiciamento: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Segundo o relatório, Flávio cometeu advocacia administrativa, improbidade administrativa e incitação ao crime. Eduardo e Carlos, por sua vez, foram indiciados apenas por incitação ao crime.

A lista sugestão de indiciamentos também conta com seis ministros ou ex-ministros do governo Bolsonaro: Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga (Saúde), Braga Netto (Defesa), Onyx Lorenzoni (Secretaria-geral da Presidência), Ernesto Araújo (Relações Exetriores) e Wagner Rosário (CGU).