Sakamoto: Suspensões de Bolsonaro nas redes ainda são ações tímidas

O colunista Leonardo Sakamoto, em participação no UOL News, avaliou que as remoções de vídeos e as suspensões por um determinado período do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais são ações muito tímidas se lembrarmos tudo o que o presidente da República já fez, como atacar a democracia e propagar informações falsas durante a pandemia de covid-19.

A avaliação de Sakamoto vem após o YouTube remover hoje a transmissão ao vivo do presidente desta semana dos canais do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e no programa da Jovem Pan, "Os Pingos nos Is".

De acordo com a empresa, é proibida a publicação de "conteúdos de criadores que estejam sob alguma restrição." "O canal do presidente Jair Bolsonaro segue temporariamente suspenso, impedido de enviar vídeos com novos conteúdos ou fazer transmissões ao vivo, de acordo com a nossa política de alertas e avisos", disse a companhia em nota.

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"As plataformas estão fechando o cerco com Jair Bolsonaro, e isso não é porque elas são boazinhas. As plataformas de redes sociais foram muito criticadas com relação às eleições presidenciais norte-americanas, entre uma série de outros pleitos e referendos ao redor do mundo", disse Sakamoto.

"Elas [as redes sociais] estão tentando dar uma resposta para evitar, inclusive uma regulação ou punições mais duras nos Estados Unidos", acrescentou.

De acordo com o colunista, há um movimento crescente de pesquisadores que acreditam que Bolsonaro já poderia ser alvo de banimento completo e irrevogável nas plataformas.

"E isso não é censura prévia, que é impedir uma pessoa de falar. Isso é uma punição por tudo o que já aconteceu até aqui", analisou Sakamoto.

Na semana passada, o YouTube excluiu a live de Bolsonaro do último dia 21 e suspendeu a conta do presidente por sete dias. Naquele vídeo, ele fez alegações falsas sobre a vacinação contra covid-19, inclusive de que ela estaria associada à aids, o que contraria as diretrizes do site.