Moro é hostilizado durante protesto ao desembarcar no aeroporto em Brasília
O ex-juiz Sergio Moro foi hostilizado ao desembarcar na manhã de hoje no aeroporto, em Brasília, onde participará de evento de sua filiação ao Podemos. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram o momento em que Moro foi chamado de "lixo" e "vendido".
Os xingamentos teriam sido feitos por manifestantes que estavam no local protestando contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 32/2020, que altera regras sobre servidores públicos e modifica a organização da Administração Pública. Na saída do aeroporto, Moro ainda recebeu uma garrafinha de suco de laranja dos manifestantes, mas recusou.
Ex-juiz e o ex-ministro da Justiça no governo de Bolsonaro, Sergio Moro fez ontem a sua primeira menção pública sobre a filiação ao Podemos, em mensagem postada nas redes sociais. (Veja análises de colunistas do UOL abaixo)
Um Brasil justo para todos. Sergio Moro, em mensagem publicada no Twitter
Junto com a mensagem, estava a imagem do convite distribuído pelo Podemos convocando para o ato de filiação de Moro ao partido, marcado para a manhã de 10 de novembro, em Brasília. A frase de Moro faz parte do material, que diz que, "juntos, podemos construir um Brasil justo para todos".
O desejo do Podemos é ter Moro como candidato a presidente, mas essa ainda não é uma certeza. Porém, já há articulações em torno do que poderá ser uma equipe para a eventual campanha do ex-juiz. Inclusive para alianças.
Moro aparece em 4º lugar, diz pesquisa
Novo levantamento Ipespe, divulgado hoje, mostra que Sergio Moro (sem partido, mas com filiação ao Podemos anunciada) aparece em quarto lugar em um dos cenários pesquisados para as eleições à presidência da República no ano que vem. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mantém à frente nas intenções de votos.
De acordo com o levantamento, Lula venceria em todos os cenários de segundo turno —contra Jair Bolsonaro (sem partido), Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro, João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB).
Já o presidente Bolsonaro perde para Ciro Gomes e empata, dentro da margem de erro de 3,2 pontos percentuais, com os governadores de São Paulo e do Rio Grande do Sul, João Doria e Eduardo Leite, que disputam a indicação do PSDB.
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