Doria diz ter boa relação com Moro e que aliança com ex-juiz é possível
Escolhido ontem para ser o candidato do PSDB na disputa pela Presidência da República nas eleições de 2022, o governador de São Paulo, João Doria, disse hoje, em entrevista à CNN, ter uma boa relação com o ex-juiz Sergio Moro (Podemos). Ele também afirmou que uma aliança com Moro, que também é cotado para disputar as eleições, é possível.
"Sim, é possível. Tenho boas relações com o Sergio Moro e tenho respeito por ele. Mantemos boas relações e, aliás, não haveria nenhuma razão para não manter boas relações com alguém que ajudou o Brasil, que contribuiu com a Lava Jato", disse Doria sobre o ex-ministro de Jair Bolsonaro.
Na sequência, ele também elogiou a senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também deve disputar o Palácio do Planalto no ano que vem.
"Há vários bons pré-candidatos que merecerão boas conversas com o PSDB, conosco, e da nossa parte com eles também. Nós temos que estar juntos para termos um projeto para os brasileiros e para o Brasil. Não vejo condições de um projeto de um partido, não vejo sequer condições de um projeto do PSDB. Vejo, sim, um projeto para o Brasil", acrescentou o tucano.
Doria revelou ainda ter conversado com pré-candidatos e líderes partidários ontem, após o anúncio de sua vitória nas prévias do partido, mas não quis revelar nomes.
O governador paulista foi ainda questionado sobre as pesquisas eleitorais e se elas são o único fator para a escolha de um candidato. "A pesquisa não é o único elemento necessário para isso. A pesquisa é parte integrante, mas tem que ter a composição de forças que esse candidato possa representar e, além disso, a capacidade de fazer enfrentamento com Lula e Bolsonaro. Eu quero estar distante desses dois. Eu os combaterei, serei muito duro contra Lula e Bolsonaro", respondeu Doria.
Levantamento Ipespe, divulgado na sexta-feira (26), aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mantém na liderança em todos os cenários de primeiro e segundo turno.
Lula teria mais de 50% dos votos no segundo turno caso enfrentasse Jair Bolsonaro (sem partido, mas com filiação ao PL marcada), Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) ou Eduardo Leite (PSDB) — a pesquisa foi divulgada antes das prévias tucanas.
Além do ex-presidente, todos os outros pré-candidatos se mantiveram estáveis em relação à pesquisa anterior, que foi divulgada no dia 3 de novembro. O levantamento desta vez, porém, aponta que Bolsonaro perderia para João Doria em um eventual segundo turno. Na pesquisa anterior, eles apareciam empatados dentro da margem de erro.
O tucano avaliou ainda que, apesar da disputa acirrada, o partido sai fortalecido das prévias. "Nós fizemos uma boa campanha, obviamente numa disputa isso é normal, mas todos somos amigos [citando o governador Eduardo Leite e o ex-prefeito Arthur Virgílio, seus concorrentes] e estamos dentro do partido. Etapa agora a ser cumprida é de união."
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