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Dilma e Boulos criticam operação da PF contra Ciro: 'Perseguição política'

Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência, foi alvo de operação da Polícia Federal - ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO
Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência, foi alvo de operação da Polícia Federal Imagem: ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

15/12/2021 14h13Atualizada em 15/12/2021 14h13

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), criticaram hoje a ação da Polícia Federal contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT). Ele e o irmão, o senador Cid Gomes (PDT), são investigados por um suposto esquema de corrupção em licitações da Arena Castelão.

Nas redes sociais, Dilma prestou solidariedade e disse repudiar a "perseguição" contra Ciro e Cid Gomes. "Suas casas foram invadidas, sem terem sido sequer intimados a depor. Como cidadãos brasileiros, merecem ser tratados com o respeito às leis vigentes ao país".

Em entrevista ao UOL News, Ciro Gomes disse acreditar que a Polícia Federal esteja agindo por influência do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também criticou as mudanças em cargos de chefia da Polícia Federal ocorridas no atual governo.

Mais cedo, nas redes sociais, Ciro já havia afirmado que a Polícia Federal "subordinada a Bolsonaro" tenta danificar sua pré-candidatura à Presidência em 2022.

Guilherme Boulos afirmou que a operação de hoje "tem cara e cheiro de perseguição política" e criticou a ação, deflagrada 10 anos após os fatos investigados. Segundo ele, a intenção é fazer uma "operação midiática" no mesmo "modelo do lavajatismo".

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), também disse "estranhar" a operação de hoje. "Expresso todo o meu respeito pelos ex-governadores Ciro e Cid Gomes, grandes homens públicos e pessoas íntegras".

A deputada estadual Juliana Brizola (PDT) classificou a operação da Polícia Federal como "pura politicagem".

Em nota, o presidente do PDT paulistano, Antonio Neto, afirmou que a ação contra Ciro e Cid Gomes é "uma tentativa covarde e criminosa da polícia política de Bolsonaro para tentar salvar a candidatura do seu chefe".

A mesma turma que interferiu nas eleições presidenciais de 2018, começa a operar para perseguir e propagar mentiras contra adversários através de operações bizarras. O Brasil não vai aceitar que novos capangas de miliciano, assim como Moro em 2018, atentem contra a democracia e o Estado Democrático de Direito.
Presidente do PDT paulistano, Antonio Neto, criticou operação da PF

Em entrevista na manhã de hoje, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva também defendeu Ciro e Cid Gomes. Segundo ele, a ação é "inexplicável".

Nas redes sociais, políticos da oposição também comentaram a operação de hoje. O vereador de Fortaleza, Carmelo Neto (Republicanos), escreveu que "a casa de Ciro e Cid Gomes está caindo".

O deputado estadual André Fernandes (Republicanos) também se manifestou.