Lula sobre Márcio França: Que se investigue, mas sem espetáculos midiáticos
O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) se tornou alvo de uma investigação da Polícia Civil do estado, que realizou um mandado de busca e apreensão hoje de manhã em endereços relacionados ao político.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estendeu solidariedade para França pelo Twitter: "Nossa Constituição é clara sobre a presunção de inocência. Que se investigue tudo, mas com direito de defesa e sem espetáculos midiáticos desnecessários contra adversários políticos em anos eleitorais".
A operação apura um suposto esquema ilegal de desvio de dinheiro destinado para a Saúde. Além do ex-governador, o irmão dele, o médico Cláudio França, também está na lista de investigados.
Ao todo, a Polícia Civil analisou pelo menos 30 endereços na capital de São Paulo, litoral e interior - alguns ligados à família França e outros de propriedade de ex-funcionários do ex-governador.
Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, se solidarizou com França e também falou em "espetáculo". "Reputação é obra de uma vida. Espero que tudo se esclareça o quanto antes", falou o petista.
Alianças em jogo
De olho na corrida eleitoral de 2022, o PSB tem ensaiado uma aliança com o PDT. No domingo (2), o filho de Márcio França, o deputado estadual Caio França (PSB), publicou uma foto lendo o livro do presidenciável Ciro Gomes (PDT). A aproximação com o pedetista ocorreu após um distanciamento com o PT, que aprovou o início de tratativas para uma eventual aliança com os pessebistas.
Hoje, Caio França acusou haver interesses políticos na operação. "É estranho que essa ação seja requentada três anos após Márcio França ter sido governador. E mais, todos sabem que ele é considerado o maior adversário do grupo do [João] Doria [PSDB] em São Paulo. O uso político dessa "ação policial" está evidente!", disse.
Se a aproximação for firmada, Márcio França se tornaria o palanque para Ciro em São Paulo. A aliança já era desejada pelo partido do presidenciável há tempos, mas com outra formação.
A ideia inicial era que a aliança tivesse como candidato em São Paulo o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido). O ex-tucano seria cabeça de chapa pelo PSD e França, o vice, repetindo a vitoriosa dobradinha de 2014.
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