Bolsonaro volta a atacar eleições e diz que teria ganhado no 1º turno em 18
Em um discurso duro contra opositores, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o processo eleitoral brasileiro e afirmou que, "se as eleições de 2018 fossem limpas, teria ganho no primeiro turno". O mandatário, porém, não apresentou evidências de que o processo eleitoral que o elegeu estava comprometido.
"Quis Deus que, sobrevivendo a uma facada de um integrante do PSOL, eu conseguisse ganhar as eleições, que éramos para termos ganho no primeiro turno se fossem eleições limpas", declarou o presidente em um evento no Amapá.
Bolsonaro também defendeu o próprio governo e disse que, após vencer as eleições, montou um "ministério técnico" e "a serviço do Brasil". Disse também que em gestões passadas "minorias dominavam o Planalto central".
"Pode me dizer que sou grosso, que não tenho muita educação ou que falo demais. Fale o que bem entender, mas o nosso governo tem realização e não tem corrupção", afirmou.
Com relação à pandemia do novo coronavírus, o presidente afirmou que, "aos poucos, cada tese defendida" por ele foi se comprovando. Jair Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para atacar o isolamento social adotado por gestores estaduais e municipais como forma de conter a proliferação do vírus.
"Todos ganham com o nosso governo. Vivemos momentos difíceis, sim. Reconheço isso. Mas o mundo todo vem atravessando dificuldades com o pós-pandemia", disse ao criticar a política que chamou de "fique em casa, que a economia a gente vê depois". "Fique em casa para morrer de fome?", acrescentou.
Ao se dirigir a policiais militares que estavam presentes no evento de entrega de fibra óptica no Rio Amazonas, Bolsonaro atacou o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e defendeu o chamado excludente de ilicitude.
Nenhum dos integrantes do governo que estiveram no evento utilizou máscaras de proteção individual, recomendada contra a covid-19.
Entrevista gravada
Também hoje, a rádio cearense Uirapuru Jaguaribana exibiu entrevista gravada com o presidente Jair Bolsonaro, na qual ele abordou temas de interesse da população local e criticou o ex-presidente e provável adversário nas eleições desse ano, Luiz Inácio Lula da Silva.
Indagado sobre a escalada da violência pública no Ceará, Bolsonaro declarou, sem provas e/ou números que corroborassem a sua argumentação, de que a política do governo federal de "liberar arma" estaria ajudando a diminuir os problemas de segurança no Brasil.
"Até a nossa política de liberar arma, facilitar a compra de arma por parte do cidadão de bem, tem diminuído a violência e muito no Brasil."
Também sem apresentar dados, Bolsonaro associou o agravamento dos índices de segurança pública a estados "administrados pelo PT e partidos de esquerda".
"Agora, por incrível que pareça, os estados que são administrados pelo PT e partidos de esquerda... A violência está maior. Eles têm uma política muito voltada aos direitos humanos, né, não na sua essência. Mas para defender bandido. Então, esse problema, eu acredito que começa a melhorar, ou ficar menos ruim, a partir do momento que tiver governadores e uma bancada de deputados estaduais interessada em combater isso."
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