Ciro chama reeleição de tragédia e afirma que abrirá mão caso seja eleito
O presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou que irá abrir mão da reeleição caso ganhe a disputa eleitoral para a Presidência da República. O político explicou que fará isso como "moeda de troca".
"Eu, Ciro Gomes, vou abrir mão da minha própria reeleição para o mundo político, ao dar ao país as reformas que nós precisamos e não podemos mais adiar, não ache que com isso eu vou ter tanto sucesso que vou me reeleger", garantiu, durante entrevista à CNN Brasil.
"A reeleição é uma coisa tão deformadora do processo democrático brasileiro, foi uma das tragédias que se introduziu nos costumes do Brasil"
Ciro Gomes
Ciro também afirmou que será o presidente que vai "restaurar a autoridade da presidência da República no Brasil". Ele também criticou os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro, por não terem feito mudanças necessárias no país.
O pré-candidato do PDT disse que "as emendas de relator, essa excrescência, vai acabar no primeiro dia. Mas também relatou que emendas individuais serão mantidas.
"Eu vou para o poder para mudar isso. Isso é o que me separa do Lula, do Bolsonaro, e dessa gente que não tem proposta para o Brasil, e quer que o povo vote só no Chico, no Manel, no carisma, na picanha, na cerveja, na defesa da família, contra o Comunismo", ponderou.
Ciro também criticou a possível aliança entre Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Para ele, ambos passaram muitos anos se atacando e agora unem-se apenas para "tirar o povo da jogada".
"Agora se acham absolutamente autorizados a se reunirem não por um projeto, que ninguém conhece. Por que se houvesse uma mesa onde todos nós sentássemos para fazer um grande acordo para mudar o Brasil, eu me convido para estar nessa mesa. É um conchavo para tirar o povo da jogada. E isso eu não vou aceitar", finalizou.
PDT lança Ciro à presidência
Na última sexta-feira (21) o PDT lançou, em convenção nacional do partido em Brasília, a pré-candidatura de Ciro Gomes à presidência da República. Se for levada até a eleição em outubro, esta será a quarta tentativa do pedetista de chegar ao Planalto.
Em pronunciamento no evento, Ciro fez ataques especialmente ao presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem acusou de conduzir uma "política genocida" durante a pandemia. O ex-presidente Luiz Inácio da Lula (PT) e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que estão à frente de Ciro nas pesquisas, também foram criticados.
Na economia, Ciro prometeu revogar o teto de gastos, que estaria "aprisionando o gasto público", e falou da necessidade de uma reforma tributária que aumente impostos para os mais ricos, algo que é defendido pelos economistas que assessoram sua pré-campanha.
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