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Pacheco defende atuação do Legislativo ao reabrir trabalhos do Poder

Lucas Valença

Do UOL, em Brasília

02/02/2022 17h14

Ao reabrir os trabalhos legislativos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também é presidente do Congresso Nacional, usou mais da metade de seu discurso para defender os projetos aprovados pelas Casas legislativas no atual mandato.

Ao lamentar a morte de mais de 620 mil pessoas em decorrência do novo coronavírus, Pacheco afirmou que o "Congresso soube adaptar-se às circunstâncias impostas pela pandemia e conseguiu não apenas manter, mas aumentar sua produtividade".

"Conseguimos, com nossa atividade no ano passado, preparar o terreno para, este ano, termos meios para seguir enfrentando problemas como o desemprego, a ameaça da inflação, a desvalorização cambial, o preço dos combustíveis e, o pior de todos eles, a fome a miséria", declarou Pacheco.

O senador também afirmou que o Congresso precisará "substituir a polarização" política em ano eleitoral para buscar uma "união nacional em prol do bem comum".

"Lembremos que as eleições devem ser movidas pelo sentimento de esperança. Nós, enquanto eleitores, tenhamos esperança no poder de um único voto. Votar para simplesmente evitar ou derrotar um determinado candidato por mero preconceito ou rejeição é fazer pouco do poder que o voto atribui ao eleitor", enfatizou.

O presidente do Senado defendeu, portanto, que o parlamento "rompa" com o "paradigma do engessamento do Poder Legislativo" em ano eleitoral, e pediu que os congressistas mantenham a produtividade das Casas.

"Precisamos avançar no debate das grandes reformas estruturantes do Estado. De fato, há muito buscamos encontrar o ponto ótimo de organização do Estado, eliminando efetivamente os males da ineficiência, do desperdício e da corrupção", afirmou.

Rodrigo Pacheco defendeu um esforço para a aprovação das reformas administrativa, "que modernize o setor público", e tributária.

"Sabemos também que nenhuma grande reforma é feita sem solidez de fundamentos. Para isso é preciso criar um ambiente de confiança e de segurança jurídica - e mais uma vez vemos surgir a responsabilidade do Parlamento", disse.

Ao falar sobre o sistema educacional brasileiro, o senador mineiro defendeu uma maior valorização dos professores.

"Precisamos valorizar e enaltecer nossos professores. A categoria que mais precisa de incentivo e valorização num país civilizado é a de professor", ressaltou.

Pacheco também defendeu em seu discurso as privatizações como forma elevar o crescimento econômico nacional e um aumento das concessões públicas e das parcerias público privadas pela atual gestão.

"Precisamos crescer. É inconcebível que pessoas passem fome no país com a maior produtividade agropecuária do mundo. É inconcebível que um país com tantas riquezas naturais esbarre em crises energéticas e hídricas por falta de planejamento", declarou.