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Sondado por Lula, Jean Wyllys diz que ainda é incerto retorno à política

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/02/2022 19h16

O ex-deputado Jean Wyllys afirmou hoje, durante entrevista ao UOL News, que há uma expectativa dos dirigentes do PT para a sua candidatura à Câmara. Porém, o jornalista explicou que ainda não tem certeza se retornará à política por traumas relacionados às violências que sofreu enquanto estava no Brasil.

"Não pretendo [me candidatar], mas estaria mentindo se dissesse que não há uma expectativa do partido e do próprio Lula em relação à minha apresentação como candidato a deputado federal por São Paulo, que foi o domicílio eleitoral que escolhi para me filiar ao PT", disse Wyllys. "A dúvida está do meu lado. Eu estou inseguro."

Em 2019, Wyllys renunciou ao mandato de deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro e deixou o Brasil. Na ocasião, ele considerava que sua vida estava em risco após sofrer ameaças.

"A minha insegurança tem a ver com os traumas todos da violência que sofri, uma violência política que só agora está ficando mais clara pro resto do país", disse o ex-deputado.

No ano passado, Jean Wyllys se filiou ao PT e disse que já se considerava petista, mesmo estando filiado ao PSOL, partido pelo qual se elegeu pela primeira vez à Câmara em 2010.

No evento virtual organizado pela legenda, ele também deixou claro que mudou de partido para apoiar a candidatura do ex-presidente Lula o presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022.

Para retornar ao Brasil, Wyllys disse que precisaria ter certeza sobre a integridade de sua segurança no país. E, ainda assim, o jornalista afirmou que persistem dúvidas sobre o desejo de retornar à vida política.

"Se eu voltasse, seria muito mais para cumprir a tarefa de qualificar o parlamento, que foi completamente desqualificado na última eleição de 2018, com uma bancada de fascistas, analfabetos políticos e mentirosos profissionais, nazifacistas, tudo isso que estamos vendo agora."

"[Voltaria] para qualificar o parlamento e para dar uma base parlamentar ao Lula, caso sele se eleja, para que ele possa governar com um pouco mais de tranquilidade."