É falso tweet de Lula sobre cortar benefícios de igrejas
É falso que o perfil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha publicado no Twitter um post em que afirma que vai cortar benefícios de igrejas, além de obrigá-las a pagar uma "dívida histórica" e "casar gays". Trata-se de uma montagem com uma declaração inventada e atribuída ao petista.
A desinformação circula no WhatsApp, e o UOL Confere recebeu o alerta de um leitor via email (uolconfere@uol.com.br). Após o aviso, também encontramos a mesma publicação falsa em posts no Facebook.
A montagem contém elementos indicativos de que não houve um post assim na conta oficial do ex-presidente no Twitter. O conteúdo tem erros de português e apresenta uma linguagem muito diferente das outras publicações do petista. Também não há indicação da data e do horário da suposta publicação.
Além disso, não há qualquer sinal de que o perfil de Lula tenha feito alguma publicação com este teor. O Twitter do petista tem mais de 3 milhões de seguidores, e não foi possível encontrar qualquer reação a um post do tipo.
Procurada pelo UOL Confere, a assessoria do petista também desmentiu a publicação do post. "Este tweet não existe e o ex-presidente Lula sempre respeitou a liberdade religiosa", disse.
Montagem associa Lula a episódio em Curitiba
A desinformação associa Lula a um episódio envolvendo o vereador Renato Freitas (PT), de Curitiba, no sábado (5). Freitas participou de um protesto contra o racismo que entrou em uma igreja católica da cidade. O ato lembrava os assassinatos de Moïse Kabagambe e Durval Teófilo Filho, ambos mortos no Rio.
A falsa fala de Lula faria parte, de acordo com a montagem, de uma suposta declaração de apoio do ex-presidente ao vereador.
A Arquidiocese de Curitiba afirmou que o protesto ocorreu no horário de uma missa. "Solicitados a não tumultuar o momento litúrgico, lideranças do grupo instaram a comportamentos invasivos, desrespeitosos e grotescos", disse em nota. O vereador, por sua vez, declarou que o episódio ocorreu já perto do fim da missa, com a igreja praticamente vazia, e negou que tenha havido uma invasão.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre o caso dizendo que "a esquerda volta a mostrar sua verdadeira face de ódio e desprezo às tradições do nosso povo". Bolsonaro também disse que acionou os ministérios da Justiça e da Mulher, Família e Direitos Humanos para acompanharem o caso e "garantir que os responsáveis pela invasão respondam por seus atos".
Este conteúdo também foi checado pelo Aos Fatos.
Esta checagem foi sugerida por um leitor para o UOL Confere. Quer enviar sua sugestão? Mande um email para uolconfere@uol.com.br
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