Temer atua no MDB por federação com União Brasil para cacifar Simone Tebet
O ex-presidente Michel Temer tem se esforçado nos bastidores do MDB para fortalecer a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à presidência da República. A intenção seria cacifar a parlamentar para valorizar o passe da legenda para um eventual segundo turno das eleições de 2022.
Para isso, o ex-presidente tenta fechar uma federação entre o MDB e o União Brasil, em detrimento de outros caciques da legenda, como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-senador José Sarney, que tentam levar o partido declarar apoio à candidatura de Lula.
Com uma possível união entre as legendas, ressaltam integrantes do grupo político de Temer, a candidatura da senadora não só teria o maior tempo de TV, como também um expressivo fundo partidário, que poderá alcançar a marca de R$ 1 bilhão apenas em 2022.
A federação também fortaleceria a candidatura de Simone Tebet nos municípios, já que uma possível aliança criaria a maior força municipalista do país, com uma soma de mais de 1.300 prefeituras, que hoje já estão sob o comando das três legendas.
A intenção de todo esse movimento do grupo ligado ao ex-presidente Michel Temer é aproveitar a estagnação nas pesquisas do terceiro colocado, o ex-ministro Sergio Moro, e tentar colocar a senadora na terceira colocação antes das eleições.
Nesse contexto, acreditam alguns articuladores do MDB que, além de a federação possibilitar a maior estrutura partidária para o pleito deste ano, a união podá aumentar o número de filiados descontentes em outros partidos, como do Podemos, que tem se preocupado com uma possível debandada de políticos mais tradicionais da sigla.
Para estancar a ferida, o Podemos tenta uma federação com o Cidadania usando a aproximação de Moro com o senador Alessandro Vieira (SE) e o deputado federal Daniel Coelho (PE). A cúpula do Cidadania, porém, tenta uma federação com o PSDB.
Cobiçado por muitas legendas, o União Brasil já chegou a ser procurado pelo grupo político do presidente Jair Bolsonaro, agora filiado ao PL. A aproximação ocorreu por meio do atual presidente do DEM, ACM Neto.
O veto de um possível apoio à chapa do presidente, contudo, veio do presidente do PSL, que presidirá a nova legenda, resultado de uma fusão entre o DEM e o PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PE), que já protagonizou um conflito com o represente do Executivo quando assumiu a presidência do PSL.
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