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Após Kassab falar com Lula, Pacheco diz que é importante PSD ter candidato

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem se destacado nas articulações políticas - Jefferson Rudy/Agência Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem se destacado nas articulações políticas Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo*

10/02/2022 11h54Atualizada em 10/02/2022 13h37

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou hoje que é importante que seu partido tenha um candidato à presidência da República. A fala do parlamentar ocorre um dia após uma reportagem da Folha de S.Paulo divulgar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, na segunda-feira (7).

Ontem, Kassab declarou na Câmara não ser "impossível" uma aliança da sua sigla com o PT no primeiro turno, mas voltou a comentar que priorizará a candidatura própria de sua sigla. "Em respeito a esses companheiros [do PSD], eu não posso dizer que é impossível [a aliança com o PT no primeiro turno]. (...) Merecem todo o nosso respeito e é impossível termos uma definição sobre alianças sem a participação deles."

Já Pacheco, em entrevista à CNN Brasil, reforçou hoje a ideia de uma candidatura própria do partido após um encontro com Kassab.

"Eu estive ontem com o presidente Kassab e há uma reafirmação do Kassab e da direção do PSD para uma candidatura própria à presidência. Isso é legítimo, importante", afirmou.

Pacheco, cotado como pré-candidato à presidência pelo PSD, declarou que, como filiado da sigla, enxerga que uma candidatura própria pode ser trabalhada e se tornar "uma realidade".

"É uma avaliação que nós vamos ter que fazer nos próximos dias. Tendo uma candidatura própria, decidiremos quem será o nome. Em algum momento nós vamos ter que decidir. Acho que nos próximos dias o PSD decidirá sobre a sua candidatura própria e entrará em um processo pré-eleitoral interessante."

Possibilidades

Gilberto Kassab afirmou que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pode ser candidato ao Palácio do Planalto pelo partido, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decida não entrar na disputa. O gaúcho, que perdeu as prévias tucanas para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi convidado para se filiar ao PSD.

"Pode ser Eduardo Leite, sim. Ele tem condições, tem pré-requisitos para ser candidato, é jovem, é respeitado, já mostrou que tem vontade de ser presidente da República, tem uma aliança com o PSD em seu Estado, o Rio Grande do Sul", afirmou Kassab ontem, durante evento de filiação do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, ao PSD.

Segundo o ex-prefeito de São Paulo, há uma expectativa de que o candidato do partido à Presidência tenha "independência" em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL). "Nós não iremos caminhar com esse governo. Então, o Eduardo, assim como o Rodrigo, tem essa posição", afirmou.

O PSD aposta na candidatura de Pacheco ao Palácio do Planalto, mas, como mostrou o Estadão/Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o senador avalia desistir da corrida presidencial e focar na eleição para o comando do Senado em fevereiro de 2023.

Durante o evento de filiação de Ramos, Kassab disse que Pacheco tem "cara de presidente da República", mas o senador reiterou que nunca falou em pré-candidatura à Presidência.

"O partido tem a legítima pretensão de eu ser candidato a presidente e fico muito lisonjeado e muito honrado do partido sempre lembrar do meu nome, mas não há uma pré-candidatura formalizada", disse Pacheco na filiação.

*Com Estadão Conteúdo