Bolsonaro diz que liberação de armas diminuiu número de homicídios
Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada hoje (21), o presidente Jair Bolsonaro (PL) relacionou a liberação de armas à diminuição dos homicídios no Brasil. Especialistas, porém, negam que mais armas com a população seja a razão para a diminuição do crime.
"Vocês viram que os homicídios com arma de fogo caíram? Menos número histórico. A imprensa não fala. Entre outras coisas, a liberação das armas para o pessoal de bem, já que o cara pensa duas vezes antes de fazer alguma besteira", declarou o mandatário.
Ao reclamar da baixa exposição na mídia, de fatos não relacionados, o presidente questionou aos apoiadores se a quantidade de homicídios tivesse aumentado. "Agora, se tivesse aumentado, quem seria o culpado?", ironizou Bolsonaro.
No ano passado, ao também tentar relacionar o maior acesso às armas com a queda no número de homicídios, a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) divulgou um gráfico nas redes sociais que continha uma frase defendendo a liberação das armas. "Mais legítima defesa, menos mortes e violência", dizia a campanha feita pelo Palácio do Planalto.
Ao UOL Confere, o Instituto Sou da Paz, ONG que avalia e analisa as políticas de segurança pública no país, afirmou que a comparação feita pelo Planalto, e agora pelo presidente, "distorce a evolução dos números de novas armas, homicídios, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios (roubo seguido de morte)".
O relatório da ONG destaca que, "a despeito das variações, crescimento ou redução, o número de homicídios (ou de mortes por agressão) segue altíssimo, assim como a arma de fogo segue como principal meio empregado nesse tipo de violência."
A informação divulgada pela Secom também desconsiderava que em 2019 e 2020 o número de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) subiu, mesmo com o aumento do número de armas apontado pela atual gestão.
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