PF indicia primo de Alcolumbre, suspeito de envolvimento com tráfico

A Polícia Federal informou hoje que indiciou o ex-deputado estadual (2007-2014) pelo Amapá Isaac Alcolumbre, suspeito de envolvimento num esquema de tráfico internacional de drogas com distribuição de entorpecentes para várias regiões do país.

A PF imputa a Isaac os crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e organização criminosa. O empresário é dono de um aeródromo em Macapá (AP) que teria sido usado por traficantes da Colômbia e da Venezuela para ingressar no Brasil com drogas.

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Segundo a corporação, além do local para pouso, combustível, Isaac também oferecia manutenção de aeronaves aos criminosos.

"Isaac prestou o apoio logístico essencial para a concretização das operações por modal aéreo realizadas pela organização criminosa, fornecendo combustível, manutenção e local para alteração das aeronaves usadas na empreitada criminosa", afirmou a PF.

Primo do senador Davi Alcolumbre, o empresário chegou a ser preso em outubro do ano passado na operação Vikare, da PF, mas foi solto cerca de uma semana depois.

"Verifica-se que Isaac desempenhou importante função na empreitada criminosa, fornecendo combustível para as aeronaves usadas no tráfico internacional, as quais, inclusive, foram modificadas no seu aeródromo antes de partir para o exterior buscar os entorpecentes", concluiu a investigação da PF.

O UOL tenta contato com a defesa do ex-deputado.

Deputado negou acusações

A operação foi deflagrada após a descoberta de destroços de um avião em maio de 2020 no extremo norte do Amapá. No local em que o avião foi encontrado, indícios de tráfico de drogas foram percebidos, segundo a PF, que cita uma vala destinada ao armazenamento das drogas.

Em nota à imprensa no ano passado, o ex-deputado negou as acusações. Leia o que disse Isaac:

"Fui alvo de uma operação da Polícia Federal que apura ilícitos dentre eles o tráfico de entorpecentes.

Diante dos fatos que encontram-se em apuração venho a púbico informar a quem interessar possa que não estou envolvido em nada com referência a tráfico de drogas, e fiquem certo que provarei isso.

Com relação a outras acusações das quais ainda não tenho informações faremos a defesa no momento oportuno.

Tenho um hangar (aeródromo), onde recebo várias aeronaves diariamente, por vezes já comuniquei a polícia sobre suspeitas, inclusive proibido pouso e decolagem".