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Boris Johnson e Bolsonaro concordam em pedir cessar-fogo na Ucrânia

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

03/03/2022 18h39

Em conversa sobre a invasão russa na Ucrânia, o premiê do Reino Unido, Boris Johnson, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), concordaram hoje em "pedir um urgente cessar-fogo" no país do leste europeu, onde o conflito armado já dura oito dias.

De acordo com interlocutores no Palácio do Planalto ouvidos pelo UOL, na conversa telefônica, que durou cerca de 15 minutos, os dois líderes afirmaram acreditar na "importância da estabilidade global" e disseram que "a paz deve prevalecer".

O britânico disse que espera trabalhar de perto com Bolsonaro em questões-chaves bilaterais, como segurança e comércio.

Durante a ligação, Johnson classificou como "repugnantes" a ação das forças russas na Ucrânia: "Civis inocentes estão sendo mortos e cidades destruídas, e o mundo não pode permitir que a agressão do presidente Vladimir Putin tenha sucesso".

O premiê lembrou que o Brasil foi um aliado importante contra a Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. "O Reino Unido e o Brasil precisam cobrar o fim da violência", disse o premiê a Bolsonaro.

O Brasil foi um dos 141 países a votar ontem na sessão extraordinária da Assembleia-Geral das Nações Unidas para deplorar a invasão russa na Ucrânia. Os países que votaram contra foram Rússia, Belarus, Síria, Coreia do Norte e Eritreia. A China e outros 34 países se abstiveram.

Em seu voto a favor da resolução da Assembleia-Geral, o Brasil disse que a resolução é um apelo à paz da comunidade internacional.

"Mas a paz exige mais do que o silêncio das armas e a retirada das tropas. O caminho para a paz requer um trabalho abrangente sobre as preocupações de segurança das partes".

Leia a íntegra da nota do governo britânico sobre a conversa

"O primeiro-ministro conversou com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro esta noite sobre a situação na Ucrânia.

Os líderes concordaram com a exigência de um cessar-fogo urgente na Ucrânia e disseram que a paz tem que prevalecer.

O primeiro-ministro disse que as ações do regime russo na Ucrânia eram repugnantes. Ele acrescentou que civis inocentes estão sendo mortos e cidades destruídas, e o mundo não pode permitir que a agressão do presidente Putin tenha sucesso.

O Brasil foi um aliado vital na Segunda Guerra Mundial, e sua voz foi novamente crucial neste momento de crise, disse o primeiro-ministro ao líder brasileiro.

Juntos, o Reino Unido e o Brasil precisavam pedir o fim da violência, acrescentou o primeiro-ministro.

Os líderes concordaram com a importância da estabilidade global e o primeiro-ministro disse estar ansioso para trabalhar em estreita colaboração com o presidente Bolsonaro em questões bilaterais importantes, como segurança e comércio".