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Deputado do PT leva placa de Marielle, enquanto PF corre atrás de Silveira

Deputado Rogério Correia leva placa em homenagem à Marielle Franco - Reprodução/YouTube/TV Câmara
Deputado Rogério Correia leva placa em homenagem à Marielle Franco Imagem: Reprodução/YouTube/TV Câmara

Do UOL, em São Paulo

30/03/2022 20h05

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) levou à tribuna da Câmara, nesta quarta-feira (30), a réplica de uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (1979-2018), assassinada a tiros, junto com o seu motorista, Anderson Gomes, na região central do Rio, em 2018, onde havia participado de um encontro político.

Eu começo reiterando aqui as nossas homenagens a Marielle Franco. É aqui também um sinal de resistência, daqueles que não se concordam, não se concordam como forma como ela foi assassinada brutalmente e, depois, tendo o seu assassinato sendo utilizado por trogloditas, que preferiram passar por cima de um passado tão importante e brilhante como foi o dessa vereadora. Rogério Correia, em discurso na tribuna

"A Marielle, esta sim, foi vítima. Agora, alguns outros, querendo se passar por vítima dentro do Congresso Nacional, não cola", acrescentou o petista, em seguida, sem citar nomes.

Enquanto Correia fazia a homenagem a Marielle, agentes da Polícia Penal do Distrito Federal e da Polícia Federal tentavam cumprir a decisão do ministro de STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que determinou que o parlamentar volte a usar a tornozeleira eletrônica.

Silveira ficou famoso em 2018 por quebrar a placa de rua com a homenagem à vereadora alguns meses depois dela ter sido assassinada. Ele não só arrancou a placa como, junto com o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e outro candidato do PSL, Rodrigo Amorim, posou com a placa arrancada.

Morte de Marielle e motorista

Marielle Franco e o seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos quando o carro em que estavam foi atingido por 13 disparos, feitos de um outro carro que os seguia desde a Lapa. Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos, quase um ano depois, em 12 de março de 2019, como executores do assassinato e continuam presos à espera de julgamento. Ambos negam participação nos crimes.

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) tem revisitado o material colhido durante toda a investigação para ouvir novos depoimentos e reexaminar, com tecnologia mais moderna, os celulares aprendidos nas apurações.