Topo

Esse conteúdo é antigo

DF: Suplente Kelly 'Bolsonaro' acusa marido de agressão; homem é detido

28.mai.2019 - A suplente Kelly Bolsonaro no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal - Carlos Gandra/CLDF
28.mai.2019 - A suplente Kelly Bolsonaro no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal Imagem: Carlos Gandra/CLDF

Paulo Roberto Netto

Colaboração para o UOL, de Brasília

09/04/2022 13h21Atualizada em 09/04/2022 13h21

A suplente de deputado distrital Kelly Cristina dos Santos, conhecida como "Kelly Bolsonaro", afirma ter sido vítima de violência doméstica na noite de ontem no Gama, região administrativa do Distrito Federal. O marido dela, que não teve o nome divulgado, foi detido.

A informação foi revelada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo UOL com a equipe da suplente. Em carta aberta, Kelly Bolsonaro disse que ela e os filhos foram agredidos.

"Ainda estou sem acreditar que isto aconteceu, debaixo do meu próprio teto e por uma pessoa que sempre amei e confiei. Neste momento, a dor não é somente física. Me sinto impotente, desolada, exposta, com medo, sem forças... Tudo é incerto", disse Kelly.

A suplente afirma que divulga a carta para "acalmar a todos que têm me procurado, dizendo que nós estamos em segurança e nos cuidando nesse momento".

A ocorrência foi registrada na 20ª DP (Delegacia de Polícia) e enquadrada na Lei Maria da Penha. Por se tratar de um episódio de violência doméstica, a Polícia Cívil não divulgou detalhes do episódio.

"Sei que estas marcas de violência que foram deixadas irão sumir em breve, mas a vergonha e a decepção vão me acompanhar por um bom tempo. Não estou bem! E não tenho vergonha de dizer isso", disse Kelly Bolsonaro.

Sem parentesco com Bolsonaro

Kelly Bolsonaro não tem parentesco com o presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de ter usado o apelido nas urnas, nas eleições de 2018. A escolha foi feita por afinidade com as pautas do presidente.

Kelly Bolsonaro entrou na Assembleia Legislativa do Distrito Federal como suplente de Daniel Donizet (PSDB) —que obteve 5.412 votos em 2018— e se tornou titular por quatro meses, em 2019, após o parlamentar ser convidado para comandar a Administração Regional do Gama.