Topo

Bolsonaro diz que há "90% de chances" de Braga Netto ser vice

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

11/04/2022 10h40Atualizada em 11/04/2022 18h32

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou hoje, em entrevista à rádio paraense Liberal, que há "90% de chances" de o general Walter de Souza Braga Netto —que ocupava até pouco tempo o cargo de ministro da Defesa— ser escolhido para o posto de vice na chapa da reeleição.

O meu vice atualmente é um general de Exército, então pode ser que eu continue como vice, pode ser, não estou batendo o martelo aqui com também com um outro general de Exército também. Isso pode acontecer. Isso dá credibilidade à nossa chapa, respeitabilidade à mesma"
Jair Bolsonaro (PL)

Anteriormente, Bolsonaro já havia dito que havia 99% de chances de "o vice ser mineiro" —em suposta referência a Braga Netto.

A escolha do vice na chapa tem movimentado os bastidores de Brasília desde o ano passado, quando o presidente começou a articular a candidatura à reeleição e deixou claro que não queria repetir a dobradinha com o atual dono da função, o também general Hamilton Mourão (Republicanos).

O centrão, que forma a base de apoio a Bolsonaro no Congresso, tentou pressionar o governante a escolher um representante do bloco ou alguém que contasse com a simpatia dos parlamentares —a exemplo da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Bolsonaro, no entanto, se opôs à sugestão e sinalizou que o vice seria alguém das Forças Armadas.

No início de abril, Braga Netto deixou o comando do Ministério da Defesa para atender às regras eleitorais, que exigem que candidatos se desincompatibilizarem seis meses antes do pleito. Posteriormente, o oficial da reserva foi nomeado como assessor especial do gabinete pessoal da Presidência —onde pode permanecer até três meses antes das eleições.

O general chegou ao governo em fevereiro de 2020 depois de ter sido projetado ao cenário político pela atuação como interventor federal no Rio de Janeiro (durante o ano de 2018). Primeiro, ele foi ministro da Casa Civil —entre 18 de fevereiro de 2020 e 28 de março de 2021. Em abril do ano passado, ele foi designado para chefiar o Ministério da Defesa.