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Presidente da Embrapa diz que indicará ex-ministro de Geisel a Nobel da Paz

Jair Bolsonaro (PL) realiza transmissão ao vivo com o presidente da Embrapa, Celso Moretti - Reprodução/YouTube
Jair Bolsonaro (PL) realiza transmissão ao vivo com o presidente da Embrapa, Celso Moretti Imagem: Reprodução/YouTube

Do UOL, em São Paulo

14/04/2022 19h42Atualizada em 14/04/2022 20h42

O presidente da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Celso Moretti, disse hoje na transmissão ao vivo do presidente Jair Bolsonaro (PL) que indicará "mais uma vez" um ex-ministro do ex-presidente Ernesto Geisel para o Prêmio Nobel da Paz.

"Alysson Paulinelli, esse ano estamos lançando mais uma vez o nome dele para Prêmio Nobel da Paz. Segurança alimentar é sinônimo de paz social", falou Moretti.

Geisel foi um dos dirigentes do Brasil durante a ditadura militar, assumindo a Presidência do país de 1974 a 1979. Paulinelli, atualmente com 85 anos, atuou como ministro da Agricultura de Geisel.

O Brasil viveu os momentos mais duros da sua história recente na época da ditadura militar, que durou 21 anos, entre 1964 e 1985. O período foi marcado por torturas e ausência de direitos humanos, censura e ataque à imprensa, baixa representação política e sindical, precarização do trabalho, além de uma saúde pública fragilizada, corrupção e falta de transparência.

Bolsonaro foi quem trouxe o nome do ex-dirigente da pasta à tona durante a live. Ao comentar sobre o Brasil, o presidente disse: "Parabéns a Embrapa, parabéns Alysson Paulinelli [...] Adquirindo tecnologia lá fora, [membros do ministério] trouxeram para cá e descobriram o cerrado".

"É importante dizer que naquela época só o mundo temperado produzia alimento, nós não tínhamos tecnologia para o cinturão do globo", disse o presidente da Embrapa.

Indicado ao Nobel em 2021

Paulinelli foi indicado ao Nobel da Paz ano passado por sua contribuição à agricultural tropical, práticas de sustentabilidade e métodos de segurança alimentar trazidos para o Brasil em sua época de ministro.

O prêmio de 2021, no entanto, foi para os jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov, respectivamente das Filipinas e da Rússia, por suas lutas pela liberdade de expressão.

Em 2006, o agrônomo recebeu o World Food Prize, considerado por especialistas da área como o "Nobel da alimentação" e, em 1981, aceitou um prêmio da Embrapa, o Frederico de Menezes Veiga.