Arthur do Val: Políticos repercutem renúncia e acusam deputado de 'manobra'
Políticos foram às redes sociais para repercutir a renúncia de Arthur do Val (União Brasil-SP), que anunciou hoje mais cedo que deixaria o cargo de deputado estadual e confirmou a informação hoje por volta das 20h.
Ele enfrentava um processo de cassação na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) por áudios sexistas contra as mulheres ucranianas, mas, segundo os opositores, a renúncia é uma "manobra" para Do Val não ter o mandato cassado e, consequentemente, ficar inelegível por oito anos nas eleições.
O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) acusou Do Val de fazer uma manobra para poder se eleger nas próximas eleições.
"Essa turma do MBL não engana ninguém. O deputado playboy Arthur do Val renunciou porque quer ser candidato de qualquer jeito e se tivesse o mandato cassado pela Alesp ficaria inelegível. É muita cara de pau."
A deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP) também criticou Do Val pelo anúncio da renúncia do mandato.
Sâmia Bomfim (Psol-SP), deputada federal, disse que a pressão seguirá para que, apesar da renúncia de Do Val, os direitos políticos do parlamentar sejam cassados.
O ex-deputado Jean Wyllys pediu apuração da suposta "manobra" feita pelo parlamentar e relembrou que os deputados estaduais do Conselho de Ética da Alesp aprovaram, por unanimidade, o parecer do relator Delegado Olim (PP-SP), que indicou a cassação de Arthur do Val. Foram dez votos a zero na votação em 12 de abril.
Já o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) saiu em defesa do colega e criticou a possibilidade de o processo de cassação do parlamentar seguir na Alesp. Kim já havia minimizado os áudios do parlamentar à época do início da repercussão do caso.
Ataques ao processo não são inéditos
Após passar um tempo com aparições públicas reduzidas e declarações mais comedidas, Do Val voltou na semana passada a assumir uma postura mais combativa. Em seu discurso ao Conselho de Ética, apesar de ter se desculpado pelas falas, o deputado chamou deputados de "escravos" do ex-presidente Lula (PT) e do atual, Jair Bolsonaro (PL).
"A verdade é que todos aqui me odeiam. Eu não nego isso. Além de toda minha conduta, vamos tirar a parte de ser combativo, esses fatos menores de eu não usar carro, motorista, verba de gabinete... Isso tudo já irrita todo mundo", disse. "Esse é um processo de cassação pelas minhas virtudes. Porque eu não sou como o PT que tem de ser escravo do Lula", completou.
*Com Sara Baptista, do UOL, em São Paulo
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