Em ato contra o STF, Daniel Silveira diz que Brasil 'age como ditadura'
No segundo ato do qual participou neste domingo (1), na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio, o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) afirmou que o país tem presos políticos e que "age como uma ditadura".
"O Brasil hoje tem presos políticos. Roberto Jefferson (ex-deputado), eu, Oswaldo Eustáquio, Wellington Macedo, e Allan dos Santos (blogueiros bolsonaristas), que está exilado, além de outros que não consigo nominar aqui. Isso é inadmissível num país que fala que tem democracia, mas age como ditadura. Então, não se dobrem perante às arbitrariedades estatais. Quem manda no Brasil somos nós", afirmou o parlamentar.
O deputado permaneceu por cerca de uma hora em Copacabana. No carro de som, discursou ao lado do deputado estadual do Rio Rodrigo Amorim (PTB). Silveira é esperado também nos atos em apoio ao governo que acontecem neste domingo na Avenida Paulista.
No início da manhã, em Niterói (RJ), ele foi chamado de "o homem que vai explodir o STF (Supremo Tribunal Federal)" durante ato na Praia de Icaraí. O político classificou como "inconstitucional" sua prisão após fazer ameaças a ministros da Corte e afirmou que o socialismo "vem avançando de forma camuflada".
A maioria dos manifestantes era idosa. Nas mãos dos manifestantes bandeiras do Brasil de um lado e vários cartazes em preto e branco com ataques ao STF, com frases como: "Supremo é o Povo" e menções às eleições de 2022.
O político foi condenado em 20 de abril a oito anos e nove meses de prisão por incitar à tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e por coação no curso do processo —quando a pessoa usa da violência ou ameaça para obter vantagem em um processo judicial. Também foi determinada a perda do mandato e a suspensão dos direitos políticos. No dia seguinte à condenação, o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu perdão à prisão.
Daniel Silveira subiu ao carro de som, às 10h15. Com gritos de "eô, eô, Daniel para Senador", o deputado federal pelo Rio de Janeiro fez um breve discurso em defesa da sua liberdade. E não fez menção às eleições.
"Vou ser muito breve. O presidente disse: 'a liberdade vale mais que a própria vida. O que é um homem, uma mulher sem liberdade? Não vive tão somente, existe. Nós não vamos existir, nós vamos viver e vamos sim colocar o Brasil na liberdade que o presidente tanto sonha. Tá certo?"
Em seguida, o político disse que "durante muito tempo ficou calado" e agradeceu ao deputado federal Carlos Jordy (PL) por "passar recados" enquanto estava na prisão, a qual chamou de inconstitucional, e ajudá-lo na articulação com o Congresso.
"Não tem nada mais que preocupa o presidente do que livrar o Brasil do socialismo que vem avançando de forma camuflada, ninguém aqui é maluco com chapéu de alumínio, não tem conspiração não, é real, estava próximo de acontecer. Se não fosse o presidente Bolsonaro, essa cor aqui amarelo e verde não estaria acontecendo, seria vermelho e isso a gente não vai permitir."
"Agradeço todos por todas as orações e eu garanto aos senhores que eu nunca vou decepcionar enquanto figura pública porque eu não tenho motivo para isso", finalizou.
Durante o ato, Silveira segurou uma placa de rua com seu nome, parecida com aquela com o nome da vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL), que ele quebrou em 2018
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