O que Elon Musk já disse sobre política, meio ambiente, guerra e maconha
Homem mais rico do mundo, o empresário Elon Musk frequentemente se posiciona nas redes sociais sobre política e coleciona declarações polêmicas. Ele está no Brasil e se encontrou hoje com o presidente Jair Bolsonaro (PL), ministros e empresários na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo.
O fundador da Tesla já disse no passado que era "socialista" e "politicamente moderado". Nesta semana, porém, ele publicou no Twitter que, daqui para frente, votará nos republicanos, partido do qual faz parte o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
No passado, eu votava nos Democratas, porque eles eram (principalmente) o partido da gentileza. Mas eles se tornaram o partido da polarização e do ódio, então não posso mais apoiá-los e votarei nos Republicanos.
Elon Musk, sobre política nos EUA
Musk tem criticado frequentemente o presidente dos EUA, Joe Biden. Em uma entrevista a um podcast na segunda-feira (16), disse que o democrata se apoia demais no teleprompter e que não está fazendo muita coisa no governo.
O presidente de verdade é quem controla o teleprompter. Esse governo não parece fazer muita coisa. No governo Trump, deixando o Trump de lado, havia muitas pessoas que eram eficientes.
Elon Musk, em crítica a Joe Biden
Meio ambiente
Em 2017, Musk deixou um conselho consultivo do governo Trump, depois que os Estados Unidos abandonaram o Acordo de Paris.
A mudança climática é real. Deixar [o Acordo de] Paris não é bom para os Estados Unidos nem para o mundo.
Elon Musk, em 2017, nas redes sociais
O Acordo de Paris foi aprovado por 195 países em 2015 e tem como uma de suas principais metas reduzir a emissão de gases do efeito estufa para a evitar o aquecimento global.
Durante a campanha eleitoral em 2018, Bolsonaro disse que poderia retirar o Brasil do Acordo de Paris se fosse eleito. Apesar da declaração, o Brasil continua signatário do pacto.
Guerra Rússia x Ucrânia
Em março, Musk usou as redes sociais para desafiar o presidente russo, Vladimir Putin, para um duelo. O destino da guerra com a Ucrânia seria selado na competição, sugeriu o empreendedor sul-africano.
"Desafio Vladimir Putin para um combate individual", tuitou, usando o alfabeto cirílico para escrever o nome do mandatário. "As apostas são a Ucrânia."
"Você concorda com essa luta?", questionou o CEO da Tesla ao perfil oficial do Kremlin.
Se Putin pudesse humilhar o Ocidente com tanta facilidade, então ele aceitaria o desafio. Mas ele não vai.
Elon Musk, em março, em crítica à invasão da Ucrânia pela Rússia
Após a invasão da Rússia, Elon Musk forneceu à Ucrânia conectividade com a internet por meio dos satélites Starlink, da Space X. Por causa dos ataques russos, quedas constantes de energia e danos a infraestruturas das cidades prejudicavam o acesso dos ucranianos aos sistemas de comunicação.
Pandemia
Musk e Bolsonaro convergem em declarações polêmicas sobre a pandemia da covid-19.
O dono da Tesla disse em 2020 que "pânico do coronavírus" era "burro", e criticou os lockdowns para conter a doença nos Estados Unidos. "Libertem os Estados Unidos agora", publicou ele nas redes sociais, em maiúsculas.
Em um email para funcionários da Tesla ele até afirmou (sem dizer a fonte dos dados) que acidentes de carro matavam mais do que a doença.
No mesmo ano, ele afirmou que a cloroquina poderia ser útil contra a covid. O medicamento, usado para malária, é comprovadamente ineficaz contra a doença causada pelo coronavírus.
Maconha
Em 2018, Elon Musk fumou maconha ao vivo durante a gravação do podcast de Joe Rogan, polêmico apresentador que fez com que artistas deixassem o Spotify no começo deste ano.
A imagem viralizou e fez as ações da Tesla caírem 9% no dia seguinte.
Recentemente, o empresário compartilhou um meme nas redes sociais com a foto do momento.
A próxima reunião do conselho do Twitter vai ser 'lit' [gíria que pode significar 'legal' ou 'intoxicado' em inglês]
Trump no Twitter
Ainda nesse mês, Musk disse que permitirá que o ex-presidente norte-americano volte ao Twitter, se chegar a um acordo para adquirir a rede social der certo.
"Penso que não foi correto banir Donald Trump", disse Musk em entrevista ao jornal Financial Times.
Acho que foi um erro, porque marginalizou grande parte do país e, em última instância, não fez com que Donald Trump não tivesse voz.
Elon Musk sobre Twitter barrar Donald Trump
Trump foi banido do Twitter e de outras redes sociais depois que seus apoiadores, estimulados por seus tuítes alegando fraude eleitoral, atacaram o Congresso americano em 6 de janeiro de 2021, em uma tentativa frustrada de evitar que Biden fosse certificado como o vencedor das eleições em 2020.
Musk, que é dono também da Tesla, caiu no gosto dos bolsonaristas por ter indicado que gostaria de mudar as políticas da plataforma. Os apoiadores do presidente criticam a rede social pelos limites impostos a compartilhamento de desinformação.
Quando o Twitter fixou acordo com Musk, Bolsonaro disse que a compra "mudou o humor do Brasil", já que o sul-africano falou ter como prioridade "aumentar os limites da liberdade de expressão".
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