Exército justifica prótese peniana por R$ 3,5 mi: 'Semelhança com ereção'
Após o Tribunal de Contas da União (TCU) abrir processo para investigar a autorização de compra de 60 próteses penianas para unidades ligadas ao Exército, dois hospitais das Força Armadas informaram ao órgão que a aquisição no valor de R$ 3,5 milhões ocorreu porque as próteses infláveis são mais parecidas com a "ereção fisiológica".
"Conforme relatório técnico, a prótese inflável é a prótese que mantém maior semelhança com a ereção fisiológica, pois há um mecanismo para fazer o pênis ficar ereto e voltar ao seu estado normal, além disso possui menor percentual de extrusão", disse um dos documentos.
A informação foi divulgada pelo colunista do Metrópoles, Guilherme Amado, e confirmada pelo UOL, que também teve acesso aos ofícios enviados.
No documento, os militares afirmam que as próteses maleáveis — as mais baratas — "deixam o pênis em permanente estado de ereção tendo o paciente que dobrar o pênis para vestir uma roupa".
"Tal situação pode gerar constrangimento quando o paciente for usar roupas de banho ou quando se aproximar de familiares e/ou amigos, além de outras situações de possível embaraço em aglomerações, tal qual no uso de transportes públicos", completou.
A investigação no TCU foi aberta após o deputado Elias Vaz (PSB-GO) acionar o órgão sobre os pregões eletrônicos de 60 próteses penianas adquiridas pelo Exército Brasileiro, ao custo de R$ 3,5 milhões. Os dados foram obtidos por Vaz e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) e estão no Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal.
Compra de Viagra
As Forças Armadas também aprovaram pregões para comprar 35.320 comprimidos de Viagra, medicamento usado tipicamente para tratar disfunção erétil. Os dados são do portal da Transparência e do painel de preços do governo, compilados pelo deputado Elias Vaz.
Oito processos de compra foram aprovados desde 2020, e ainda estão em vigor neste ano. Nos processos, o medicamento aparece com o nome genérico Sildenafila, nas dosagens de 25 mg e 50 mg. A maior parte dos medicamentos é destinado à Marinha, com 28.320 comprimidos; mas o Exército (5 mil comprimidos) e a Aeronáutica (2 mil comprimidos) também são atendidos.
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