Deputados chamam ministro e diretor da PRF para explicar 'câmara de gás'
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara aprovou nesta quarta-feira (1º), por 10 votos a 7, a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para prestar esclarecimentos sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, asfixiado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no interior de Sergipe.
Deputados aprovaram também um requerimento de convite ao diretor geral da PRF, Silvinei Vasques, para explicar as operações da polícia. Em caso de convite, a autoridade não é obrigada a comparecer à Câmara, diferentemente das convocações.
Durante a votação do requerimento para convocar o ministro, de autoria do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), parlamentares aliados ao governo de Jair Bolsonaro (PL) orientaram as bancadas contrariamente ao requerimento e tentaram obstruir a sessão. Após o resultado, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que recorrerá em plenário a decisão do colegiado.
Como justificativa para ouvir Torres, Frota afirmou que as ações dos agentes foram "absurdas e desumanas" e que é "inaceitável e absurda" a violação dos direitos humanos no caso.
"Quer nos parecer que a atitude dos agentes não foi isolada e pontual, diversos são os relatos destas violações dos Direitos Humanos cometidos pela citada instituição policial que estão sob a responsabilidade do ministro ora convocado", diz ainda no texto.
Câmara de gás improvisada
De acordo com vídeos e com informações do boletim de ocorrência, Genivaldo de Jesus Santos morreu no último 25 de maio, após ser submetido a uma "câmara de gás" improvisada, no porta-malas da viatura da corporação. Agentes usaram o que parecem ser bombas de gás lacrimogêneo para dominarem o homem.
A vítima foi colocada a força na parte de trás do carro policial, e os agentes seguraram a porta enquanto Genivaldo inalava o gás. Segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal), a causa da morte foi "insuficiência aguda secundária a asfixia".
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