Janaina 'cava' vice de Bolsonaro, mas compara entorno do presidente ao PT
A deputada estadual de São Paulo Janaína Paschoal (PRTB) "cavou", em entrevista ao jornal Metrópoles, uma pré-candidatura ao cargo de vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), alegando que poderia agregar "muito voto" e "quebrar esse medo que as pessoas têm de quebra institucional" caso se unisse a ele na disputa pelo Planalto.
"Se eu conseguisse sentar com ele, entender o que ele planeja para seu próximo mandato, estaria tendente a aceitar. Até porque acho que agrego muito voto. Sou muito mais moderada, muito mais ponderada, defensora de todas as garantias, de todas as liberdades", argumentou.
No entanto, a própria deputada considera a escolha "praticamente impossível" devido ao perfil do entorno do presidente da República: "O entorno do presidente é um entorno de adesão, não conseguem entender esse exercício de independência. É uma dinâmica muito parecida com o petismo. Você tem que aderir, as pessoas não têm independência, vida própria. Tem que elogiar".
A deputada chegou a ser cotada ao cargo de vice nas eleições presidenciais de 2018, mas o convite não avançou consideravelmente. Janaína argumentou que Bolsonaro foi "blindado" de conversar com ela na ocasião.
Agora, o nome mais cotado para compor a chapa do presidente é o do ex-ministro da Defesa e da Casa Civil general Walter Braga Netto.
Mesmo assim, a deputada não dispensa o apoio à reeleição do presidente e diz que agradeceria um endosso eventual de Bolsonaro a sua pré-candidatura ao Senado — embora afirme que não irá buscá-lo ativamente. "Se ele quiser me apoiar, eu vou agradecer, mas não vou procurar", disse.
Na disputa pela vaga do Senado por São Paulo, também devem concorrer o apresentador de TV José Luiz Datena, pelo PSC, e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, pelo União Brasil.
Datena deve obter o apoio de Tarcísio de Freitas, ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro e pré-candidato do PL ao governo do Estado — o qual Janaína disse apoiar, até o momento, para o cargo do Executivo.
Questionada sobre os possíveis nomes concorrentes, a deputada argumentou que Moro deveria sair pelo Paraná e que Datena não teria a "paciência necessária para enfrentar a batalha diária no Legislativo".
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