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Em dia da liberdade de imprensa, Bolsonaro se reúne com Telegram

Jair Bolsonaro ao lado do vice-presidente do Telegram, Ilya Perekopskiy (à direita) e o representate legal do Telegram no Brasil, Alan Thomaz (à esquerda) - Reprodução/Twitter
Jair Bolsonaro ao lado do vice-presidente do Telegram, Ilya Perekopskiy (à direita) e o representate legal do Telegram no Brasil, Alan Thomaz (à esquerda) Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

07/06/2022 13h49

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu hoje, quando é comemorado o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, com o vice-presidente do Telegram, Ilya Perekopskiy, e o representante legal da empresa no Brasil, Alan Thomaz.

Segundo Bolsonaro, no encontro foram abordados os temas da liberdade de expressão, democracia e "cumprimento da Constituição".

O presidente tem um longo histórico de ataques à imprensa, que ele reiteradamente acusa de mentir, mesmo sem provas. Um levantamento da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) aponta que Bolsonaro sozinho foi responsável por 147 ataques à profissionais de imprensa, o que corresponde a 34,19% dos 428 casos registrados.

Além de ataques verbais, Bolsonaro também bloqueia mais de 90 jornalistas em suas redes sociais sob o argumento que são de uso pessoal, apesar de serem usadas quase que exclusivamente para divulgar ações do governo.

De acordo com a ONG Repórteres Sem Fronteiras, o Brasil ocupa a 110ª posição entre 180 nações em um ranking de liberdade de imprensa. A organização classifica a situação do país como "problemática".

Moraes determinou bloqueio do Telegram no Brasil

O Telegram é muito usado por Bolsonaro e seus apoiadores. O canal oficial do presidente na plataforma de mensagens tem 1,3 milhão de inscritos.

Em março deste ano, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes chegou a ordenar o bloqueio do Telegram no Brasil após a rede não colaborar com investigações sobre divulgação de desinformação.

Depois disso, o Telegram atendeu às determinações do STF e manteve o funcionamento. Entre as medidas exigidas por Moraes estava a exclusão de um link do canal do presidente Jair Bolsonaro que levava a documentos de um inquérito da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).